Clipping Banco Central (2020-08-11)

(Antfer) #1

Banco Central do Brasil


Correio Braziliense/Nacional - Negócios
terça-feira, 11 de agosto de 2020
Banco Central - Perfil 1 - Banco Central

também facilidades no mercado de opções.
“Estamos trabalhando para que, em um
horizonte próximo, o produtor possa ir a
qualquer banco para comprar uma opção e
garantir o preço futuro”, adiantou Sachsida.


Já o banco de dados dos custos regionais de
produção visa dar parâmetros sobre o preço
dos insumos necessários à produção
agropecuária nas diferentes regiões brasileiras
e será construído com base em notas fiscais
eletrônicas. “Não temos como controlar os
preços, então queremos parametrizar. Vamos
ter os dados regionalizados, e isso vai facilitar a
negociação, porque os produtores vão saber o
custo da sua produção”, explicou o
subsecretário de Política Agrícola e Meio
Ambiente do Ministério da Economia, Rogério
Boueri.


“Estamos nos levantando da queda, mas de
forma alguma isso é uma retomada ou
crescimento sustentável. Em comparação ao
ano passado, todos os indicadores estão em
queda”
Simone Pasianotto, da Reag Investimentos


Projeções otimistas
As projeções de retração do Produto Interno
Bruto (PIB) brasileiro melhoraram mais uma
vez. Em maio, mês mais severo da crise,
instituições especializadas falavam em algo
próximo de 7%. Há quatro semanas, o boletim
Focus, do Banco Central previa retração de
6,1%. Já na atualização divulgada ontem, a
queda era menor: 5,62%.


Os indicadores iniciais de atividade econômica
em julho sinalizam uma recuperação mais
veloz do que a inicialmente prevista pelo
mercado. O índice Gerente de Compras (PMI)
brasileiro bateu recorde no mês passado,
registrando a maior pontuação desde 2006,


ano de início da pesquisa: 58,2 pontos.
Resultados acima de 50 representam
aquecimento da economia. Mas, ainda há
incerteza em relação ao que vem pela frente.

Renan Silva, economista da Bluemetrix
Investimentos, diz que os sinais são bons, mas
não correspondem à realidade a longo prazo,
porque os estímulos do governo, via auxílio
emergencial ou incentivos fiscais, vão acabar
em algum momento. A partir daí, seria possível
“medir a temperatura” da economia brasileira.

Segundo ele, o Banco Central (BC) ainda tem
espaço para cortar os juros básicos. “Estamos
em retração bastante dura e, ao mesmo tempo,
temos baixa inflação. O BC pode dar um
estímulo adicional porque o Brasil,
diferentemente de outros países, tem essa
margem de manobra que pode ser usada. A
Selic pode cair até a 1,75% ou 1,50%”, avaliou.

Para Felipe Queiroz, pesquisador da Unicamp,
o auxílio emergencial segurou a economia ao
manter o consumo de grande parte da
população. “Mas, as projeções estão muito
otimistas, tendo em vista os cenários interno e
externo. O auxílio tem efeito multiplicador alto
na economia, é consumo direto na veia. Mas o
governo já projeta cortar”, destacou.

A economista Simone Pasianotto, da Reag
Investimentos, não acredita em retomada
rápida. “Ao contrário de outros países, a gente
ainda terá de manter políticas de apoio.
Estamos nos levantando da queda, mas de
forma alguma isso é uma retomada ou
crescimento sustentável. Quem vê crescimento
se baseia nos dados marginais, mas, em
comparação ao ano passado, todos os
indicadores estão em queda”, explicou ela.

Assuntos e Palavras-Chave: Banco Central -
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