Banco Central do Brasil
Valor Econômico/Nacional - Brasil
terça-feira, 11 de agosto de 2020
Banco Central - Perfil 2 - TCU
Crise força ajustes em novas
concessões de aeroportos
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Autor: Daniel Rittner
Com a queda no total de passageiros e cargas
devido à pandemia, o valor mínimo de outorga
dos 22 aeroportos a serem leiloados pelo
governo federal no início do ano que vem foi
reduzido em R$ 280 milhões e os investimentos
exigidos das futuras concessionárias diminuiu
R$ 850 milhões.
As projeções de demanda da sexta rodada de
concessões aeroportuárias foram atualizadas
pelo Ministério da Infraestrutura, que fez esses
ajustes para incorporar impactos da pandemia
de covid-19 ao longo dos 30 anos de duração
dos contratos. O objetivo do governo é manter a
atratividade dos ativos para potenciais
investidores, reconhecendo que provavelmente
vão faturar menos diante da nova conjuntura.
Três lotes estão em oferta: o Bloco Norte (com
destaque para Manaus), o Bloco Sul (que tem
Curitiba como carro-chefe) e o Bloco Central
(com Goiânia à frente). Originalmente, o plano
era licitá-los no quarto trimestre deste ano. Por
causa da necessidade de ajustes decorrentes
da pandemia, além de dificuldades nas visitas
técnicas de grupos interessados, o cronograma
do leilão “escorregou” para início de 2021.
As projeções atualizadas indicam que as
receitas brutas das futuras concessionárias
serão R$ 3,3 bilhões inferiores ao valor
estimado inicialmente. Como reflexo da menor
movimentação de passageiros e de cargas,
sobretudo nos primeiros anos de concessão,
caiu de R$ 17,8 bilhões para R$ 13,5 bilhões a
previsão de quanto elas vão arrecadar, nas três
décadas de vigência do contrato, com receitas
tarifárias e comerciais. Menos receitas
significam menor valor de outorga também.
A disputa é feita pelo lance de outorga e ganha
quem oferecer o maior ágio em cada lote. No
entanto, o valor inicial dos leilões está sendo
reduzido de R$ 408,2 milhões para R$ 133,4
milhões no Bloco Sul e de R$ 22,5 milhões para
R$ 8,2 milhões no Bloco Central. Para o Bloco
Norte, os novos estudos elevaram o lance
mínimo de outorga de R$ 38,7 milhões para R$
48,2 milhões.
Isso só ocorreu, no caso de Manaus e dos
demais aeroportos incluídos nesse lote, porque
a União decidiu assumir parte do “risco Zona
Franca”. Um novo mecanismo no contrato de
concessão prevê que, em caso de mudanças no
regime tributário específico do polo industrial de