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Banco Central do Brasil


Valor Econômico/Nacional - Agronegócios
terça-feira, 11 de agosto de 2020
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Produção agroindustrial se afasta do


fundo do poço, indica FGV Agro


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Autor: Fernando Lopes

Depois de registrar variações negativas de dois
dígitos em abril e em maio, o Índice de
Produção Agroindustrial Brasileira (PIMAgro)
calculado pelo Centro de Estudos em
Agronegócios da Fundação Getúlio Vargas
(FGV Agro) encerrou junho com baixa de
“apenas” 2,3% em relação ao mesmo mês de
2019, num sinal mais claro de que, para o setor,
o pior da pandemia ficou para trás.

Além da retração interanual ter perdido força,
mostram cálculos recém-concluídos, o indicador
subiu 1,9% em relação a maio, já considerando
os ajustes sazonais. Mas, mesmo assim, no
primeiro semestre o recuo acumulado na

comparação com igual intervalo do ano passado
chegou a 6,1%.

O PIMAgro é baseado em dados da Pesquisa
Industrial Mensal (PIM-PF) do IBGE e nas
variações do Índice de Atividade Econômica do
Banco Central (IBC-BR), da taxa de câmbio e
do Índice de confiança do Empresário da
Indústria de Transformação (ICI) da FGV.

Com a desaceleração da tendência de queda, o
FGV Agro passou a projetar uma redução
menos aguda da produção agroindustrial
brasileira para 2020 como um todo. Segundo o
centro, a contração será de 4,2%, derivada de
uma grande “perda de dinamismo” na área de
produtos não-alimentícios, para a qual é
esperada redução de 9,7%. Para produtos
alimentícios e bebidos, é esperado um avanço
de 1%.

“Embora a contratação de junho[em relação a
maio de 2019] tenha sido expressiva, foi menor
do que a verificada no mês anterior (16,8%), o
que sugere que o mês de abril concentrou os
mais duros efeitos da pandemia sobre a
agroindústria brasileira”, diz análise do FGV
Agro.

“Por trás da contratação da agroindústria, há a
perspectiva de contratação do PIB, depreciação
do real [ante a média de 2019] , deterioração
das expectativas do empresário industrialforte
expansão das exportações de produtos
alimentícios e bebidas e uma intensão
diminuição das importações de produtos não-
alimentícios”, diz o centro.

Segundo o levantamento, o recuo de junho ante
o mesmo mês de 2019 foi determinado por uma
baixa de 13,6% no segmento de produtos não
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