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REVISTA DRAGÕES DEZEMBRO 2019
Na sua perspetivam, que
importância tem a entrada
do FC Porto na modalidade?
A entrada de um clube grande
como o FC Porto dá muito mais
visibilidade à modalidade. É
um clube que move massas. E,
na minha opinião, foi isso que
aconteceu também no voleibol
masculino. Pode ser que a partir
de agora as coisas comecem a
crescer um pouco mais rápido.
Até onde pode ir a AJM/
FC Porto esta época?
Um dos motivos que me fez
vir para aqui foi a ambição.
Traçámos, no início da época,
os objetivos e queremos
cumpri-los der por onde
der. O objetivo é vencer, mas
acho que isso é de Dragão.
A experiência que traz
da seleção nacional
acrescenta valor?
Este verão, em especial, foi
muito importante nesse sentido,
porque não só jogámos na Silver
Cup, mas também estivemos o
verão todo a prepararmo-nos
para o Campeonato da Europa.
Tínhamos plena consciência dos
tubarões que íamos encontrar.
Mas é bom. Dá-nos outra
experiência, outra maturidade...
Talvez até mais paciência,
porque perder é frustrante.
Na época de estreia, a AJM/
FC Porto venceu a Supertaça e
mantém um registo imaculado
no campeonato. Como é que
olha para este caminho?
Não acho surpreendente,
porque confio no trabalho
que estamos a desenvolver.
Trabalhamos muito e
trabalhamos bem. Quando
vou treinar, o meu objetivo é
sempre ser melhor do que era
no dia anterior e, quando chego
ao jogo, independentemente
do adversário, a meta é
sempre fazer o meu melhor.
Sei que as minhas colegas
de equipa pensam o mesmo.
São bons resultados, não são
resultados surpreendentes.
“Quando vou treinar, o
meu objetivo é sempre ser
melhor do que era no dia
anterior e, quando chego ao
jogo, independentemente do
adversário, a meta é sempre
fazer o meu melhor. Sei
que as minhas colegas de
equipa pensam o mesmo.”
O que é que é exigido a
uma atleta zona 4?
Trocando por miúdos, acabo por
ser uma ponta mais de construção,
como se fosse uma segunda
líbero. No fundo, ajudo a Joana
Resende a receber e a defender,
fazendo-me valer também da
minha altura. Se ficar fora do
ataque, não tem problema, porque
construo para as outras atacarem.
Como se caracteriza
enquanto jogadora?
Vejo-me como uma jogadora
alegre e com garra. É assim que
gosto de jogar, porque para
mim jogar é um privilégio.
Tem alguma jogadora que
seja um exemplo para
si na modalidade?
A maior referência para mim é
a Kelsey Robinson, da seleção
dos Estados Unidos. Revejo-me
na forma de jogar dela, que até
acho que se assemelha um pouco
à minha. É uma zona 4 muito
completa com uma técnica bonita.
Procuro sempre jogadoras mais
parecidas comigo em campo,
porque se quero aprender é
para elas que tenho de olhar.
Se não tivesse sido jogadora
de vólei, o que seria?
É uma pergunta difícil, porque
nunca pensei realmente
nisso. A minha prioridade
sempre foi o voleibol.
NOME Bárbara Sofia Cunha Moreira Gomes
DATA DE NASCIMENTO 10 de Março de 1996
NATURALIDADE Viseu
ALTURA 172 cm
PESO 64 kg
POSIÇÃO Zona 4
CAMISOLA^2
CLUBES
Colégio N.ª S.ª Rosário
Porto Vólei
Académico Famalicão
AJM/FC Porto
TÍTULOS 1 Taça de Portugal1 Supertaça de Portugal
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