22 1ª LIGA
1 de agosto de 2020
MARÍTIMO
çLito Vidigal e Carlos Pereira
acertaram um contrato de dois
anos e não de um, como inicial-
mente foi revelado. O novo téc-
nico do Marítimo deve reunir-se
na próxima semana com o presi-
dente da SAD, no continente,
sendo posteriormente apresen-
tado na Madeira.
Com Lito viajam quatro adjun-
tos: prof. Neca, Fidalgo Antunes
(que já esteve no clube em
1990/91, com Ferreira da Costa),
Bruno Miguel e Octávio Moreira.
José Manuel Neves é o único a
transitar, continuando a ser o
técnico de guarda-redes.
O estágio de pré-época volta a
ser em Lousada (de 1 a 12 de se-
tembro), estando na agenda jo-
gos com Rio Ave, Moreirense, Gil
Vicente e Boavista. Antes, a 31 de
agosto, os madeirenses deslo-
cam-se às Canárias para o tradi-
cional jogo de pré-época diante
do Las Palmas. * G.V.
Lito com acordo por 2 anos
SANTA CLARA
çA administração da SAD
do Santa Clara quer manter
Lincoln em 2020/21. O brasi-
leiro, de 21 anos, foi uma das
revelações da equipa, com 30
jogos na Liga, um golo e seis
assistências. Com uma cláu-
sula de rescisão de 15 milhões
de euros, o Santa Clara acredi-
ta que Lincoln vai melhorar de
rendimento após uma época
de adaptação. * L.P.S.
SAD pretende
manter Lincoln
çNão temos uma resposta
clara quanto à valoração da pro-
va em contexto disciplinar des-
portivo. O Artigo 11.º do Regula-
mento Disciplinar da FPF prevê
que na determinação da res-
ponsabilidade disciplinar é sub-
sidiariamente aplicável o dis-
posto no Código Penal e, na tra-
mitação do respetivo procedi-
mento, as regras constantes do
Código de Procedimento Admi-
nistrativo e, subsequentemen-
te, do Código de Processo Penal,
com as necessárias adaptações.
Deve, pois, analisar-se de que
forma é valorada a prova em
processo disciplinar desportivo.
As normas do processo penal
são sem dúvida aquelas que
mais garantias transportam
para os arguidos. Daí que, em al-
gumas situações, o processo pe-
nal seja a pedra de toque do di-
reito sancionatório de natureza
pública. De acordo com a juris-
prudência, pacífica diga-se, a re-
gra da livre apreciação da prova
(artigo 127.º do Código de Pro-
cesso Penal) deve-se aplicar ao
processo disciplinar em geral e
ao processo disciplinar despor-
tivo em particular, dada a gran-
de familiaridade entre processo
penal e processo disciplinar,
mormente no que toca às ga-
rantias do arguido. De acordo
com o artigo 127.º do Código de
Processo Penal “(...) a prova é
apreciada segundo as regras da
experiência e a livre convicção
da entidade competente”, sem
colocar, claro, em causa o princí-
pio da presunção de inocência
(plasmado no artigo 32.º n.º 2 da
Constituição da República Por-
tuguesa), nem tão-pouco o prin-
cípio do ‘in dubio pro reo’, todos
eles integradores da dimensão
jurídico -processual do princí-
pio material da culpa. O julga-
dor, bem como, no exercício do
poder disciplinar, a autoridade
competente tem a liberdade de
formar a sua convicção sobre
quaisquer dos factos submeti-
dos a julgamento, sendo que a li-
vre apreciação da prova não
pode nunca ser vista como algo
unicamente subjetivo, a que se
chegou por meras impressões,
mas sim pela lógica, razão, expe-
riência e conhecimento científi-
co, com uma apreciação objeti-
va, para termos uma decisão
efetivamente motivada.
Valoração
em contexto
disciplinar
QUAL É O
PROBLEMA?
SÓCIO NÚMERO 84
DIREITODESPORTIVO.PT
Tiago Fonseca
Machado
BRUNO TEIXEIRA PIRES
Sandro Mendes
çPor entender que o V. Setú-
bal apresentou os fundamentos
necessários para inscrever o clu-
be na Liga, Paulo Gomes acredita
que o clube vai reverter a des-
promoção ao Campeonato de
Portugal, decisão que teria efei-
tos nefastos na região. “Seria
uma catástrofe, uma calamida-
de. Um crime público e social! O
clube tem uma massa adepta
brutal, de pessoas que são do Vi-
tória, gente de trabalho que
mexe com uma região e uma ci-
dade”, afirmou o presidente, à
saída da assembleia geral de on-
tem na sede da Liga.
O dirigente, eleito em janeiro,
disse à RTP 1 que as dificuldades
de gestão foram agravadas pela
pandemia da Covid-19. “O Vitó-
ria tem alguns problemas. A
manta é mais curta do que a cama
e nesta fase ainda não geri o clu-
be, ando a tapar buracos”, admi-
tiu, assegurando ter “funda-
mentos para dizer que cumpriu
os pressupostos e recorreu para o
Conselho de Justiça para o Vitó-
ria estar na 1ª Liga”.
Apesar de o tema da despro-
moção não ter estado na ordem
de trabalhos na reunião que de-
correu no Porto, Paulo Gomes re-
velou que o mesmo foi mencio-
nado: “Abordámos o assunto por
causa da Covid-19. A Liga andou
três meses para a frente e os pres-
supostos apenas 30 dias. Os orça-
mentos das equipas são feitos
para o ano inteiro. Em março ti-
vemos a pandemia e o orçamento
não foi completo. Vamos transfe-
rir jogadores na próxima semana
e as transferências fazem parte
dos orçamentos, portanto estão
feridos na essência.” *
Paulo Gomes promete
lutar para impedir
uma “calamidade”
em Setúbal
REUNIDO. Paulo Gomes esteve na sede da Liga Portugal
NUNO FONSECA
Governo pondera
alterar legislação
O secretário de Estado da Juven-
tude e Desporto, João Paulo Re-
belo, diz que este caso “não orgu-
lha ninguém”. “Estamos a acom-
panhar para perceber se uma in-
tervenção do Governo se justifi-
ca. Já pedimos uma avaliação ao
IPDJ da atual legislação, discuti-
mos isso com a Liga e aguardo
por uma avaliação para saber se
há caminho para uma alteração
legislativa”, referiu.
“Descida seria crime
público e social”
V. SETÚBAL
“A MANTA É MAIS CURTA DO QUE
A CAMA E NESTA FASE AINDA NÃO
GERI O CLUBE, ANDO A TAPAR
BURACOS”, DISSE O PRESIDENTE
RICARDO LOPES PEREIRA
PORTIMONENSE
çVítor Oliveira está perto
de conhecer uma terceira
função no Portimonense, a de
diretor desportivo, depois de
ter sido jogador e treinador,
ficando ligado aos maiores
feitos dos aurinegros. O fecho
deste dossiê é o elo que falta
numa estrutura que conti-
nuará a ter Paulo Sérgio como
treinador e um plantel refor-
çado na próxima época. * A.A.
Vítor Oliveira
muito próximo
çQuando iniciou 2019/20
como treinador do V. Setúbal,
Sandro Mendes, que esteve no
cargo nas primeiras oito jorna-
das, estava longe de imaginar
que os sadinos passassem por
este momento. “Quem, como
eu, ama o clube, só pode estar
muito preocupado e assustado
com o que está a acontecer e
com o que pode vir a resultar
desta situação”, disse o técni-
co, que está por estes dias a fre-
quentar o curso UEFA Pro em
regime de internato.
O treinador, de 43 anos, que
tem como colegas na Cidade
do Futebol, em Oeiras, Silas,
Renato Paiva, Tiago Mendes e
Artur Jorge, entre outros, de-
seja que o clube pelo qual er-
gueu como capitão uma Taça
de Portugal (2005) e uma Taça
da Liga (2008) leve o recurso a
bom termo: “Nasci em Setú-
bal, fui lá criado e é a cidade
onde vivo o dia a dia. O Vitória
é parte intrínseca desta terra e
não concebo que o clube não
possa competir nas provas
profissionais.” *
Sandro Mendes
“assustado”