Record - 20200801

(PepeLegal) #1

28 ESPECIAL 1 de agosto de 2020


CALENDÁRIO DO WORLD TOUR

çNo dia 14 de março termina-
va o Paris-Nice, que decorreu já
com a pandemia instalada na
Europa, tendo os organizadores
acabado por anular a última eta-
pa, e limitado o público nas par-
tidas e chegadas. Depois disso, o
pelotão mundial entrou num
longo caminho de paragem, mas
sobretudo de incertezas quanto
ao futuro da modalidade.
Ainda que a competição já es-
teja na estrada – hoje a clássica
Strade Bianchi marca o regresso
do calendário do World Tour –,
e com um calendário totalmen-
te reformulado e a colocar a
época a terminar só em novem-
bro, com as três Grandes Voltas
pelo meio, a verdade é que nin-
guém tem certezas de que as

corridas agendadas vão mesmo
realizar-se. A UCI já reformulou
por diversas vezes o calendário
e recentemente já foram cance-
ladas as clássicas do Canadá,
como outras estão a ser forçadas
a alterar o seu percurso, por for-
ça das autarquias estarem a blo-
quear a passagem dos ciclistas. É

o caso da Milão-São Remo.
Depois há outra incerteza. A
presença de público. A Volta a
Burgos tem tido algum público,
mas sem aglomerados, mas a
Volta à Polónia vai decorrer à
‘porta fechada’.

Protocolo da UCI
A UCI elaborou um protocolo

O Paris-Nice, em março, já de-
correu com a pandemia instala-
da na Europa, com a organiza-
ção a anular mesmo a última
etapa e a limitar o público em al-
gumas partidas e chegadas.

RESTRIÇÕES

médico para a retoma, assu-
mindo a responsabilidade final
de decidir se deve ou não parar
uma corrida se surgir um caso
Covid-19 numa equipa. E já esta
semana, a UCI fez saber que vai
“impor medidas mais severas”
no caso de quebras desses pro-
tocolos sanitários, em particular
a organizadores. “Se um orga-
nizador de um evento não im-
plementar as medidas requeri-
das pelo protocolo, a UCI pode
tomar uma série de ações, de
avisos formais para que sejam
aplicadas à retirada do calendá-
rio internacional desse ou qual-
quer outro evento desse organi-
zador”, explicou. As multas po-
dem ir de 930 a 9.300 euros.
O protocolo Covid elaborado
pela UCI contempla um médico
em cada equipa e um decretado
pelo organizador. É criada a bo-
lha da equipa, onde só entram os
ciclistas e staff que fizeram antes

vários testes à Covid-19 e, claro,
com resultado negativo. Para
todas as corridas, os atletas de-
vem passar por dois testes, o pri-
meiro a ser feito seis dias antes da
prova e o segundo com três dias
de antecedência. Os testes du-
rante as corridas só serão reali-
zados nas três Grandes Voltas
(Tour, Giro e Vuelta), especifi-
camente nos dias de descanso.
Também durante as corridas,
os ciclistas devem relatar os sin-
tomas de manhã, quando se tra-
tar de provas de um dia, e ma-
nhã e à noite todos os dias em
provas por etapas.
O protocolo da UCI visa ain-
da medidas de distanciamento
social e regras especiais de alo-
jamento nos hotéis de cada
equipa. As cerimónias do pó-
dio também são adaptadas,
sendo ainda a UCI responsável
por um protocolo antidoping
especial. *

REGRESSO


REALIDADE.
Pelotão
cumpre regras
(uso de
máscara)
antes de
começar a pedalar

ANA PAULA MARQUES

Clássica Strade Bianchi, em Itália,


marca hoje a retoma oficial do pelotão,


depois de quase cinco meses a fugir à Covid


20 DE SETEMBRO. Será dia de
contrarrelógio individual nos
Mundiais e último dia do Tour.
Quem estiver na corrida em
França, não poderá participar
na prova do Mundial. É o caso de
Nelson Oliveira.

25 DE OUTUBRO. A
manterem-se as datas, este será
o dia do ciclismo. Senão
vejamos. Disputa-se o Paris-
-Roubaix, termina o Giro e é a
etapa do Tourmalet na Vuelta.
Vai ser difícil a escolha...

CANCELADAS. Foram
canceladas mais de 300 provas
em todo o Mundo, desde que em
março a Covid-19 foi declarada
pandemia. Em Portugal,
disputou-se apenas a prova de
Abertura e a Volta ao Algarve.

CURIOSIDADES

...E SÓ ACABA ...E SÓ ACABA


EM NOVEMBRO EM NOVEMBRO

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