A Bola - 20200810

A BOLA

Segunda-feira
10 de agosto de 2020

OPINIÃO 29

Por

ROGÉRIO AZEVEDO

[email protected]

A propósito de Edinson

Cavani, recordemos os 14

que venceram Mundial,

Europeu ou Copa

América e depois vieram

para Portugal

Há um Pinóquio na Luz

S

E eu me chamasse Edin-
son Cavani, teria o dese-
jo de vir para Portugal?
Para já, queria sair de
França. Quem ganhou 21
dos últimos 26 troféus internos dos
últimos sete anos, perde ambição.
E o PSG ganhou 21 das últimas 26
provas francesas. Depois não assi-
naria por Marselha, Rennes, Lille,
Mónaco ou Lyon. Saía de França e
não regressaria a Itália ou ao Uru-
guai. Aos 33 anos, quereria expe-
rimentar outro campeonato. Se a
ambição estiver a 100%, Inglater-
ra, Alemanha ou Espanha. Esmiu-
cemos as equipas que estarão na

Champions 2020/2021. O Liver-

pool tem Mané, Salah e Firmino. O

Man. City conta com Sergio Ague-

ro e Gabriel Jesus. O Man. United

apresenta Martial, Rashford e

Greenwood. O Chelsea tem Giroud,

Abraham e Batshuayi (e Werner).

O Bayern está com Lewandowski

e Muller. O Dortmund confia em

Haaland e Reus. O RB Leipzig avan-

ça com Sabitzer e já sem Werner.

O Moenchengladbach tem Thuram

e Stindl. O Real Madrid apresenta

Benzema. O Barcelona conta com

Messi, Suaréz e Griezmann. O Atl.

Madrid tem Morata e João Félix. O

Sevilha confia em Munir e Lucas

Ocampos. Tendo eu ambição de

ganhar a Liga dos Campeões, só

poderia optar por Man. City,

Bayern, Liverpool, Barcelona ou

Real Madrid (Man. United parece

ainda curto). Tentaria operação de

charme junto destes cinco colos-

sos. Se nenhum estivesse interes-

sado, desceria um patamar e pen-

saria em FC Porto ou Benfica.

E

estarão Manchester City,

Bayern, Liverpool, Barce-

lona e/ou Real Madrid in-

teressados em mim? Pare-

ce-me mais ou menos

claro que, com Mané, Salah e Fir-

mino, Messi, Suaréz e Griezmann

e Sergio Aguero e Gabriel Jesus

(mais Sterling e Mahrez), Liver-

pool, Barcelona e Manchester City

estão fora. Resta o Real Madrid.

Que tem apenas Benzema como

grande artilheiro. E o francês só

tem menos 10 meses de idade. Ma-

drid? Boa ideia.

P

ASSEMOS a Portugal. FC

Porto e Benfica. É neces-

sário que algum dos dois

(ou os dois) se interessem.

Parece-me claro, porém,

que FC Porto e Benfica não se im-

portariam de me ter no plantel. O

Benfica está (muito) interessado e,

se o Real Madrid não me quiser,

será muito boa solução. É sempre

enorme candidato à vitória no cam-

peonato português, embora não

possa sonhar em ir longe na Cham-

pions (e é preciso chegar à fase de

grupos). Última vitória na prova:

1962. Última final: 1990. Última
      meia-final: 1990. Últimos quartos
      de final: 2016. Três quartos de final
      nos últimos 25 anos: 2006, 2012 e


1963. O FC Porto não deve estar
      interessado por motivos financei-
      ros, mas também é sempre gran-
      díssimo candidato à vitória na liga
      e costuma fazer boa figura na

Champions (lugar garantido na fase

de grupos). Última vitória na pro-

va: 2004. Última final: 2004. Últi-

ma meia-final: 2004. Últimos

quartos de final: 2015. Cinco quar-

tos de final nos últimos 25 anos:

1997, 2000, 2004, 2009 e 2015.

Aguardemos. E o Benfica (para já)

que aguarde mais uns dias por mim.

T

ROQUEMOS de lugar e

passemos de Edinson Cava-

ni a adepto português.

Quem não gostaria de ter

o uruguaio no plantel? To-

dos. O último grande ícone do fu-

tebol mundial a aterrar em Portu-

gal foi Casillas. Quantos jogadores

vieram para Portugal depois de te-

rem vencido, por exemplo, Cam-

peonato do Mundo, Campeonato da

Europa ou Copa América? Dezasse-

te: Polga, Capdevila, Seitaridis,

Katsouranis, Karagounis, Schmei-

chel, Cubillas, Scopelli, Cannigia,

Acosta, Paulo Nunes, Júlio César,

Fabiano, Diego, Rodolfo Rodriguez,

Coates e Castillo. Resumindo. Ca-

vani em Portugal? Venha.

PS: Benfica desmente a 29 de

julho negociações com Cavani, Je-

sus confirma-as a 8 de agosto.

Quem é o Pinóquio da Luz?

[email protected]

Lá, onde

a coruja dorme

1. A todo o momento cresce o in-
   teresse da juventude alemã pela avia-
   ção sem motor
   2.A todo o momento cresce o in-
   teresse da juventude alemã pela avia-
   ção sem motor


2. A todo o momento cresce o in-
   teresse da juventude alemã pela avia-
   ção sem motor

Destaque

Destaque

Destaque

Destaque

Cristiano Ronaldo

e o método-Sarri

e o restante dividido por outros quatro

defesas, incluindo o ex-portista Dani-

lo. Já Rabiot e Ramsey, livres, foram ape-

nas oportunidades de negócio, às quais

se junta a quase não inscrição de Dyba-

la na prova milionária como nova prova

do desnorte.

Pode acusar-se Ronaldo de alguma

coisa? Individualmente não, porque 65

golos e 18 assistências em 89 encon-

tros, divididos pelas duas épocas, não

deixam dúvidas. Bisou inclusive diante

do Lyon, no jogo da eliminação. Só que, co-

letivamente, o posicionamento mais es-

tático, naquela obsessão pelo golo, pou-

co tem a ver com as ideias de Sarri, que

ainda teve de tentar fazer de Matuidi um

jogador de associação, retirando-lhe toda

a expressividade box to box.

Mesmo sem conseguir aplicar o seu

método, Sarri é o menor culpado. Por

muito que digam o contrário.

O posicionamento mais

estático, naquela

obsessão pelo golo, pouco

tem a ver com Sarri

A

resultadista Juventus contratou

Ronaldo para ganhar finalmente a

Liga dos Campeões. Ainda sob o

comando de Massimiliano Allegri e depois

de algumas promessas de consistência

deixadas ao longo da temporada, caiu

diante de um grandíssimo Ajax ainda nos

quartos de final. Ao mesmo tempo, An-

drea Agnelli viu un uomo che si è fatto da

sè, um outro italiano de pele endurecida

pelos anos e beata no canto da boca,

conquistar o seu primeiro título, a Liga

Europa, pelo Chelsea, depois de já ter

apaixonado Nápoles sem ganhar o scu-

detto. Foi o fim do principado de Allegri

e o início do método Sarri em Turim. A

resultadista e recordista de finais perdi-

das Juventus acreditava que precisava de

um caminho para chegar ao Graal e que

seria o velho Maurizio a desenhá-lo.

Só que o homem obcecado pelo de-

talhe não iria ter o tempo de que preci-

sa sempre. Também não iria contar com

o seu Jorginho, que levara de San Pao-

lo para Stamford Bridge, com 85 dos

quase 200 milhões gastos em De Ligt

Por

LUÍS MATEUS

Bola do Mundo

Por

RICK BOWMER/AP

A frase («Nós
sangramos estas
cores», na
tradução para
português) foi
pintada numa
escadaria junto ao
campo da Bountiful
High School, no
Utah. Embora os
defensores da
causa estejam a
fazer progressos
na mudança de
nomes e símbolos
nativos no
desporto dos EUA,
não desarmam
enquanto existirem
mascotes como as
dos Braves,
Indians, Warriors,
Chiefs e Redskins

A luta

contra

nomes

e símbolos

Meio anjo, meio diabo