A BOLA
Sexta-feira
14 de agosto de 2020
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Dani Olmo (7) — Participou nos
apoios mais próximos ao ponta
de lança Poulsen, contudo nem
por isso se apartou do carrossel
do meio-campo. Foi coletivo.
Quando teve uma ocasião para
decidir, fê-lo: desvio de cabeça,
imparável, a fazer o 1-0 entre
uma multidão de adversários, de
tal modo que parecia que
ninguém estava realmente a
marcá-lo.
Nkunku (6) — Foi solicitado
para transportar, descaído para a
esquerda. Falhou a decisão de
passes, perdeu bolas com riscos
excessivos.
Yussuf Poulsen (7) — No lugar
que foi da estrela Timo Werner,
fez jogo de sacrifício. Útil de
costas para a baliza,
amortecendo as jogadas para a
subida da equipa.
Tyler Adams (7) — Entrou para
refrescar a direita, mas acabaria
por fazer o 2-1. O remate foi feliz,
desviado por Savic, mas
histórico.
Schick (-) — Ponta de lança.
Manteve perfil da equipa.
Haidara (-) — Fechou no meio.
Mukiele (-) — Nada.
MIGUEL CARDOSO PEREIRA
Oblak (6) — Só no final da
primeira parte foi acordado, com
cabeceamento de Upamecano.
Sofreu um daqueles jogos
ingratos, em que apareceu pouco
e sofreu dois golos, sem que
pudesse fazer algo em qualquer
deles.
Trippier (5) — Dedicou-se
exclusivamente a defender e nem
assim o fez bem. Sobretudo no
jogo aéreo, pareceu perdido.
Seria, porém, pelo chão que
ficaria nas covas, quando
Sabitzer viu Angeliño aparecer-
-lhe nas costas e o lançou para o
2-1. Trippier ficou a ver, pois.
Savic (5) — Desafortunado.
Feriu-se num sobrolho em lance
com Halstenberg, aos 35’, e no 2-
-1 a bola desviou-se nele,
encaminhando-se para a baliza.
Procurou melhor sorte, como em
dois cabeceamentos que ganhou
na área adversária. Mas nada de
bom encontrou.
Giménez (6) — Foi o melhor da
dupla de centrais. Ou pelo menos
o menos azarado. Combativo e
sem erros de maior — se bem
que, vendo bem, no 1-0 toda a
defesa é culpada em igual
medida. Quem marcava Olmo?
Renan Lodi (6) — Foi o jogador
do Atlético de Madrid que mais
prometeu, com energia, subidas e
descidas pela esquerda, tabela
com Carrasco, iniciativa. Na
segunda parte não esteve tão
forte. Como nota negativa não
pode deixar de apontar-se o
facto de o cruzamento de
Sabitzer para o 1-0 do RB Leipzig
ter sido feito numa zona da
responsabilidade de Renan Lodi.
Ko ke (5) — O Atlético de Madrid
fugiu pouco pela direita. Em parte
porque Koke foi pouco solicitado,
noutra parte porque ele próprio
se expôs pouco ao encontro.
LIGA DOS CAMPEÕES
Futebol internacional
LLUIS GENE/AFP
Sabitzer com ação perturbada pelo esforço defensivo de Ferreira Carrasco
O português João Félix tenta passar por Dani Olmo — ambos marcaram em Alvalade LLUIS GENE/AFP
ATL. MADRID
Os jogadores do...
Até que chegou o português
para partir, baralhar e dar
Entrou para uma
equipa sem ponta por onde se
lhe pegar ofensivamente e mu-
dou tudo num ápice. Dois tú-
neis, passes, visão, técnica.
Numa arrancada: tabela, rece-
ção, falta sofrida, penálti, golo.
j^7
A figura
JOÃO
FÉLIX
Herrera (5) — Desorientado
nas agitações do meio-campo do
RB Leipzig, sem saber quem
marcar e às vezes onde estar.
Quando foi preciso abrir o jogo e
procurar um golo, foi, muito
compreensivelmente, o primeiro
a sair.
Saúl Ñíguez (5) — Pareceu
sobretudo preocupado em
perturbar a influência e as saídas
de bola de Kampl não tanto em
tornar-se, ele próprio, num
problema. Passou o jogo nisso.
Na segunda parte apareceu mais
— sem Herrera, curiosamente —
porém não o suficiente.
Ferreira Carrasco (6) — O
primeiro remate do Atlético foi
dele, aos 12’. E perigoso, de resto.
Enquanto teve Lodi ativo, foi mais
perigoso.
Marcos Llorente (6) — Surgiu
ao lado de Diego Costa, mas no
comportamento foi sempre um
médio. Só mais um médio, afinal.
Diego Costa (6) — Fez uma
coisa boa: a tabela com Félix. No
resto, engolido por Upamecano.
Morata (-) — Um lance, ainda,
cortado por Halstenberg.
Felipe (-) — Central entrou para
ponta de lança... M. C. P.
Gulácsi (6) — A melhor defesa
fê-la aos 12’, desviando tiro de
Ferreira Carrasco. Foi presente no
perseverante jogo aéreo dos
espanhóis. No penálti marcado
por Félix ainda adivinhou o lado,
mas o remate foi forte de mais.
Klostermann (6) — Foi ele
quem, impossibilitado de
acompanhar a corrida do
português, fez falta para penálti
sobre Félix. No resto, foi
suficientemente atento.
Upamecano (8) — O defesa-
-central francês foi um dos
melhores em campo. O jogo foi
físico e isso beneficiou-o. Diego
Costa, com quem lidou mais
tempo, foi controlado quase
sempre — não o foi no golo do
Atlético, pois conseguiu tabelar
com Félix. Em todo o caso,
exibição inteligente. Subido no
campo, quase um médio, às
vezes. Um líbero.
Halstenberg (7) — Ativo nos
alívios. Focado no
posicionamento, que era sensível,
e abnegado nos choques — num
deles até abriu a cabeça, com
Savic. No final, quando o Atlético
ansiava pelo 2-2, foi ainda mais
relevante. O último corte a sério,
aos 90+4’, tirando bola perigosa a
Morata, foi modelar.
Angeliño (7) — Ao longo do
flanco esquerdo foi incansável,
subindo e descendo. Empenhou-
-se sobretudo numa jogada:
passes atrasados para a entrada
da área. Num, o prémio:
assistência para o 2-1 de Adams.
Kampl (7) — À frente dos
centrais, orquestrou as saídas
com confiança. Nunca tremeu
com a bola no pé.
Laimer (6) — O Atlético atacou
pela esquerda e Laimer sentiu-o
na pele, nas fugas de Lodi e
Ferreira Carrasco.
RB LEIPZIG
Os jogadores do...
Upamecano fez as perguntas
e Sabitzer sabia as respostas
O austríaco foi o
ponto de encontro da equipa
alemã, dividido entre apoios
médios e aberturas no ataque.
Fez o cruzamento para o 1-0 e
lançou a jogada do 2-1, com vi-
sionário passe de trivela.
j^8
A figura
SABITZER