REVISTA DRAGÕES AGOSTO 2020
“Todas as armas estavam
apontadas a nós e havia um
sentimento de salvação nacional
para o Benfica ganhar alguma
coisa. Mesmo com dez, esta época
a nossa equipa foi irresistível.
Em todas as circunstâncias,
vencemos categoricamente.”
três resultados possíveis. Os
grandes derrotados desta época
foram alguns comentadores e
alguns órgãos de comunicação
social. Um inteligente lá do
bairro disse que o Benfica vinha
ao Dragão dar o xeque-mate no
campeonato e que era grande
demais para jogar em Portugal.
Essa equipa, no fim, não ganhou
nada. O Benfica perdeu, soube
perder e perdeu com dignidade”.
Quando falámos das
circunstâncias nunca dantes
vividas, referimo-nos, por
exemplo, aos jogos de futebol
sem adeptos nas bancadas dos
estádios, algo que o presidente do
FC Porto considera vergonhoso
e incompreensível: “Todas as
pessoas responsáveis com quem
falei, todas acharam inacreditável
não poderem estar algumas
centenas de pessoas a assistir à
final de ontem. Toda a gente acha
que não faz sentido, que não tem
razão de ser. Isto vai levar clubes
à falência, como aconteceu
com o CD Aves, que estava à
espera das receitas dos jogos
com o FC Porto e com o Benfica
para regularizar pagamentos.
Permite-se público nas touradas
e em espetáculos fechados, mas
num jogo de futebol ao ar livre,
não. Só queria entender, mas
ninguém me explica. Mas quem
é que manda, afinal? Este país
está sem rei nem roque. Há muita
gente que permite isto e vai levar
clubes à falência. O futebol é
para o público, não é para nos
divertirmos sozinhos. Acho
inadmissível que jogos como
a final de ontem não tenham
público. A final da Taça de França
teve 10 mil pessoas nas bancadas
e não houve problema nenhum.
Isto demonstra o desprezo dos
nossos governantes pelo futebol”.
REVISTA DRAGÕES AGOSTO 2020
“Todos compreenderão que, para mim,
vê-lo [a Sérgio Conceição] entre as
duas taças é como se estivesse a
ver um filho ou neto. São momentos
de glória e que são inesquecíveis.”
O plantel principal do FC Porto
não deixou apenas dois troféus no
Museu e doou também uma série
de objetos que têm um simbolismo
especial e que representam muito
daquilo que foi a caminhada
triunfal dos Dragões em 2019/20.
A geleira em que tantas vezes se
sentou Sérgio Conceição durante os
jogos; a camisola de Pepe, o jogador
mais antigo do plantel; a braçadeira
do capitão Danilo e de Nélson
Puga, o responsável máximo do
Departamento de Saúde do clube;
a bola do clássico com o Sporting
(2-0), no qual o FC Porto assegurou
matematicamente a conquista
do título nacional; as chuteiras
de Alex Telles, que destronou
Ricardo Quaresma como rei das
assistências (38) no Estádio do
Dragão, ou as luvas de Diogo Costa
são apenas alguns dos objetos
que poderão ser contemplados no
Museu FC Porto a partir de agora.
Mas há mais. A cadeira do sócio
número 17, o mais antigo com Lugar
Anual, também vai ter um espaço
próprio, tal como a gravata do
presidente mais titulado do mundo,
de forma a assinalar a conquista
do 62.º título no futebol sob a
liderança de Jorge Nuno Pinto da
Costa. Também há lugar para uma
máscara personalizada de Sérgio
Oliveira, um dos elementos do lote
de capitães, e para a braçadeira
que Luís Gonçalves, diretor-geral
dos Dragões, sempre levou para
o banco. Pequenos objetos que
demonstram a grandeza de
um grupo que superou todas
as adversidades e que honrou
sempre o símbolo do FC Porto.
OBJETOS DE UMA
ÉPOCA BRILHANTE