Aero Magazine - Edição 315 (2020-08)

(Antfer) #1
MAGAZINE 315 | 11

PÓS-GUERRA
Pistas mais longas
No pós-guerra, novos aviões de alto desempenho passaram a exigir
pistas cada vez mais longas, de preferência pavimentadas, que
podiam superar os dois mil metros de extensão no caso dos jatos.
Para a maior parte dos aeroportos, tornou-se impraticável dispor
dessa extensão de terreno em todas as direções. Por outro lado, a
adoção dos novos trens de pouso do tipo triciclo, associada ao um
incremento na potência dos motores e na eficiência dos sistemas
de controle direcional, tornou os novos aviões mais tolerantes a
operações com ventos laterais (de través). Diante disso, grande
parte dos aeroportos passou a contar com uma longa pista principal
e pistas auxiliares mais curtas, nos sentidos transversais, para os
aviões menores e mais antigos.


ANOS 1960
Aumento do tráfego aéreo
A partir dos anos 1960, o aumento exponencial no volume de
operações aéreas tornou o controle de tráfego de aviões no entorno
e nos pátios dos grandes aeroportos uma tarefa complexa e de alto
risco. Foi preciso padronizar procedimentos rigorosos de aproximação,
pouso, táxi, decolagem e saída das aeronaves. Grandes investimentos
foram feitos na instalação de sistemas de pouso por instrumentos
(ILS) nas cabeceiras mais usadas, além de reduzir ao mínimo as
intersecções entre pistas e taxiways para minimizar o risco de colisões
no solo. O uso das pistas cruzadas se tornou impraticável, e muitos
aeroportos passaram a usar somente aquelas mais adequadas
aos ventos dominantes, desativando as demais ou restringindo
severamente seu uso.

A PARTIR DE 1970
A chegada dos Jumbos
Na década de 1970, com a entrada em operação dos
“Jumbos”, imensos aviões comercias de cabine larga,
constatou-se a necessidade de garantir um grande
espaçamento entre aeronaves (lateral ou no tempo)
para evitar que aparelhos de menor porte entrassem
inadvertidamente nas esteiras de turbulência geradas por
esses gigantes, com risco de danos severos e até perda de
controle. Para garantir uma capacidade de operação com
dezenas (ou mesmo centenas) de pousos e decolagens
por hora, novos aeroportos passaram a ser projetados
e construídos com pistas paralelas. Algumas delas, com
afastamento lateral de mais de um quilômetro, o que
permite sua operação simultânea sem restrições.
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