RETOMADA
EM CURSO
Mesmo com o cancelamento da edição de 2020 da Labace, decidimos
manter nossa reportagem especial com aquelas que seriam as principais
estrelas da maior feira de aviação de negócios da América Latina. Não
apenas porque se tornou uma tradição, mas, principalmente, porque nos
pareceu oportuno apresentar um panorama com jatos, turbo-hélices, aviões
a pistão e helicópteros disponíveis em um mercado que mudou.
Nos bastidores, muita coisa vem acontecendo. Empresários, executivos
e profissionais liberais que jamais consideraram contratar um táxi-aéreo
ou adquirir uma aeronave estão revendo seus conceitos. A fragilidade da
malha aérea da aviação regular e a preocupação com a segurança sanitária
determinadas pela pandemia da covid-19 obrigaram passageiros frequentes
de voos de carreira a voltar a atenção à aviação de negócios.
Vejamos o que está acontecendo na China. Lá as restrições sanitárias
acabaram por converter aeronaves particulares em uma ferramenta essencial
para a consolidação de novos empreendimentos, sobretudo entre executivos
de startups e empresas de tecnologias alheios à crise e industriais de diversas
áreas que precisam retomar suas atividades. Para se ter uma ideia, uma das
principais empresas chinesas de aviação de negócios, a Sinos Jet, recebeu em
quatro meses, em plena a pandemia, mais de duas mil consultas de voo.
No Brasil, profissionais que trabalham com a venda de aeronaves,
apesar das medidas de combate ao novo coronavírus, também passaram
a conversar com gente nova. Ou seja, para quem está de olho em uma
aeronave, talvez este seja um bom momento para adquirir a sua, conforme
mostramos no artigo a partir da página 20.
Ainda em território nacional, tivemos nas últimas semanas um
problema sério identificado após registros de vazamento de gasolina de
aviação em aeronaves baseadas nas mais diferentes localidades do país.
Aparentemente, não foi uma coincidência e a Petrobras reconheceu que
havia um lote de AvGas fora de especificação disponível para os aviadores
brasileiros. O caso continua sendo investigado e a transparência nunca
foi tão necessária, afinal, estamos falando do risco de uma anormalidade
catastrófica: fogo em voo!
Na aviação regular, publicamos um artigo detalhado sobre a medida
provisória que embasa o socorro a empresas ligadas ao transporte aéreo
brasileiro, incluindo as chamadas Esatas, que prestam serviço de solo
e empregam milhares de aeroportuários. Também esclarecemos o que
pode estar por trás da aproximação entre Azul e Latam Brasil. Há grandes
possibilidades de a empresa de David Neeleman comprar a divisão brasileira
do grupo chileno encabeçado pelos irmãos Cueto.Bom voo,Giuliano Agmont e Christian BurgosAERO MAGAZINE
BRASIL · ANO 27 · Nº 315 · 2020DIREÇÃO
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