BEBER / GASTRONOMIA
de remeter à memória afetiva de quem a bebe.
Hoje em dia cada vez mais pessoas desco-
brem o prazer de tomar vinho, seja sozinho ou
acompanhando a comida.
Saber combinar um vinho com a comida
valoriza o prato, ao mesmo tempo em que se
tira o máximo da bebida. Faz parte da arte de
comer bem!
E qualquer comida combina com vinho,
pois há uma variedade enorme de tipos de
vinhos. É só saber escolher: uma massa har-
moniza muito bem com um chiante italiano,
o churrasco fica sensacional com um malbec,
peixes e aves casam perfeitamente com vinho
branco, até para a feijoada se encontra um
vinho que harmoniza muito bem, um tinto da
uva tannat. Sem falar nos vinhos de sobre-
mesa, como o famoso Vinho do Porto ou os
vinhos de colheita tardia.
Quer harmonizar com charuto? Expe-
rimente um vinho fortificado moscatel de
Setúbal. Chocolate? Vá de vinho do Porto.
Frutos do mar? Vinho branco das uvas
chardonnay ou sauvignon blanc. Está à
beira da piscina? Abra um belo espumante
bem gelado.
O vinho é uma bebida que cabe em todas
as ocasiões. Pode ser tomado no dia a dia ou
em grandes celebrações.
Como disse Napoleão Bonaparte: “nas vi-
tórias é necessário, nas derrotas é merecido!”
Estudos cientí-
ficos mostraram
que o vinho,
se consumido
moderadamente,
faz bem à saúde.
Como o vinho tem
conteúdo alto de
potássio e baixo
de sódio, pode ser
usado na dieta
de pessoas com
pressão alta. A
ingestão da bebida
também ajuda a
evitar a formação
de placas nas pa-
redes das artérias.
Também ajuda
na prevenção de
úlceras gastroin-
testinais, porque é
um eficaz bacte-
ricida. Nos vinhos
tintos encontra-
-se o resveratrol,
considerado um
importante agente
antioxidante. A
indicação é uma
taça diária para
mulheres e duas
para homens.Fonte: Vinhos, o
essencial. José Ivan
dos Santos. Editora
Senac, 9ª ed.Fator
Saúde
JULHO 2018 | REVISTAVOX.COM 43
VINHO SECO
OU SUAVE:
VOCÊ SABE A
DIFERENÇA?
Muitas pessoas preferem con-
sumir vinhos suaves, também
chamados, popularmente,
de doces. É importante saber
que os vinhos suaves contêm
alto teor de açúcar, e, por isso
mesmo, podem não estar
fazendo o bem à saúde que
as pessoas imaginam. A dife-
rença entre o vinho suave e o
vinho seco está relacionada
ao método de elaboração
do produto. Na produção
de vinhos secos as uvas são
esmagadas e a fermentação
ocorre até que as leveduras
transformem todo ou quase
todo o açúcar das uvas em
álcool. Assim, ainda que o
vinho contenha açúcar, essa
é proveniente da uva, residual
do método de produção.
Já na produção dos vinhos
suaves é adicionado açúcar.
Observe no contrarrótulo da
garrafa e você encontrará a
informação, certamente em
letras miúdas, mas estará lá:
“mosto fermentado de uvas e
açúcar”. No Brasil existe uma
legislação que classifica os vi-
nhos quanto ao teor de açú-
car. É o Decreto nº. 8.198/14.
Para evitar problemas com a
saúde troque o vinho suave
pelo seco. Para você se adap-
tar comece pelas uvas que
produzem vinhos mais leves,
como a Pinot Noir ou a Merlot.