VOX 10ª EDIÇÃO

(VOX) #1

JULHO 2018 | REVISTAVOX.COM 69


Dracena (SP), a fábrica da Dhuo Cer-
vejaria Artesanal marca que criaram,
os empresários contam à VOX como
surgiu a inciativa de entrar para o
ramo cervejeiro. Vamos voltar alguns
anos, mais precisamente para 2007,
onde a curiosidade sobre o processo de
fabricação fez com que Deivid inicias-
se os estudos de homebrewing.
Ele conta que diferente do momen-
to atual em que a cerveja artesanal está
com a popularidade em alta, na época
ganhava o mercado de forma tímida,
já que tinha como grandes concorren-
tes as cervejas especiais importadas
que chegavam ao Brasil a um valor
razoável. Por este motivo era com
dificuldade que o empresário encon-
trava material literário sobre o assunto
e poucos grupos com que podia trocar
receitas e técnicas de produção.
“Sempre tive uma curiosidade grande pela cerveja,
quando era adolescente eu não consumia o produto, mas
já fazia coleção das latinhas da bebida. Dez anos atrás
comecei a pesquisar como era feita a produção artesanal,
encontrei alguns grupos na internet sobre o assunto e tro-
cávamos ideias e receitas, assim foi nascendo um grande
gosto pessoal pela produção da cerveja”, conta Deivid.
Com apenas uma panela, alguns baldes, canecas e um


pequeno kit de insumos adquiridos
pela internet ele produziu sua primei-
ra leva de cerveja caseira em 2008.
A estrutura pequena possibilitava
uma fabricação de apenas 20 litros de
cerveja a cada teste.
“Confesso que no início as cervejas
eram horríveis, mas como todo bom
cervejeiro não jogava nada fora. De-
pois dessa primeira experiência não
conseguia parar de pensar em fabricar
minhas cervejas”.
Em 2010, após aprimorar suas téc-
nicas e receitas ele inscreveu uma de
suas criações, uma cerveja da catego-
ria Brown Porter, no Concurso Nacio-
nal de Cervejas Artesanais, realizado
em Porto Alegre (RS). O resultado foi a
conquista da medalha de bronze. Para
ele foi naquele momento a confirma-
ção de que seguia pelo caminho certo.
De volta a produção informal,
mesmo obtendo poucas quantidades
da bebida, o que desenvolvia era o
suficiente para distribuir entre os ami-
gos e colher o feedback que precisava
para o constante aprimoramento das
receitas.
Um desses colegas era Adolfo Leal,
que se tornou um grande incentivador
do produtor. De uma área profissional
completamente diferente deste ramo,
o odontólogo por formação, também
apreciador e curioso sobre a fabrica-
ção de cervejas, se tornaria pouco tem-
po depois sócio no empreendimento.
Adolfo explica que na época não
era comum, principalmente no inte-
rior, produzir cerveja em casa e quis
conhecer melhor esta prática. “Quan-
do o Deivid comentou que estava
fazendo cerveja em casa fiquei curioso, experimentei a be-
bida, e gostei tanto do produto que pedi para ele fazer mais.
Como era algo que despertava minha curiosidade prôpus
que me ensinasse a produzir também. Ele topou e monta-
mos uma pequena estrutura de cozinha onde começamos
a fabricar as receitas apenas por hobby. Porém a coisa ficou
séria, passamos a estudar e fazer cursos relacionados a área
e de repente quando percebemos as nossas cervejas esta-
vam sendo bem recebidas pelos colegas”. O nome Dhuo, é
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