C
om origem controversa,
mas com sabor unâ-
nime, o famoso Bife
Wellington é daquelas
receitas centenárias que
ainda é servida hoje em
dia e impressiona os
paladares mais exigentes. E, na casa da
psicóloga Shirley Cantarini Martins de
Oliveira, a iguaria se tornou tradição de
família, obrigatória nas comemorações
e datas especiais.
Alguns associam a origem do Bife
Wellington ao general irlandês Arthur
Weslleley, que derrotou Napoleão na
famosa Batalha de Waterloo, em 1815.
O feito garantiu-lhe o título de primeiro
duque de Wellington, suposta origemdo prato. Porém, há quem diga que a
receita foi criada em Wellington, ca-
pital da Nova Zelândia, cujo nome faz
homenagem ao general. Independente
da origem, o prato é reverenciado na
culinária em todo o mundo.
A receita chegou à casa dos Gra-
boski por meio do filho mais novo, Luis
Henrique, que teve a primeira experi-
ência com o prato durante uma viagem
ao Canadá. Retornando ao Brasil, logo
pediu para Shirley, sua mãe, tentar
produzir a iguaria.
Ela aceitou o desafio, já que o prato
é considerado difícil, e conquistou os
paladares de todos – como sempre.
Shirley é conhecida por ser uma
“cozinheira de mão cheia”, segundoela, herança de dona Teresa, sua avó
materna.
Considerado o prato mais clás-
sico da gastronomia mundial, o Bife
Wellington comporta variações, como
do famoso chef de cozinha Gordon
Ramsay, sendo uma das versões mais
copiadas. “A receita tem algumas relei-
turas, como, por exemplo, coloco vinho
branco no cogumelo, mas no prato do
Gordon Ramsay, um dos grandes chefs
da Inglaterra, não tem. Vou também
preparar um molho reduzido que leva
o vinho do Porto e o tinto, que também
Gordon não acrescenta em sua receita.
Achei interessantes as combinações e
harmoniza muito bem com o prato”,
diz Shirley.O BIFE
WELLINGTON
O clássico filé com massa folhada se tornou receita tradicional na casa dos Graboski, com adaptações
que agradaram os paladares de toda a família.86 REVISTAVOX.COM | JULHO 2018
por JOÃO VINÍCIUS | fotos MAILA ALVES