A Bola - 20200819

(PepeLegal) #1

A BOLA


Quarta-feira
19 de agosto de 2020
25

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MAIS DESPORTO


Volta com toque especial


A BOLA antecipa o percurso da prova que a Federação Portuguesa de Ciclismo organiza de


27 de setembro a 5 de outubro dContrarrelógio a abrir, em Fafe, outro a fechar, em Lisboa


S


UJEITO a alterações de
pormenor, porque nem
todas as autarquias ain-
da assinaram o contra-
to, A BOLA avança hoje
com o percurso da Volta a Portu-
gal, que se vai disputar entre 27
de setembro e 5 de outubro.
A competição, organizada pela
Federação Portuguesa de Ciclis-
mo, será considerada como edi-
ção especial, face à impossibilida-
de da Podium Events, detentora
dos direitos, em colocar a corri-
da na estrada devido à epidemia
e aos problemas resultantes do
Covid-19, passando a 82.ª edição
para o próximo ano. Foi a melhor
solução que se encontrou, dentro
do objetivo de manter viva a mo-
dalidade e dar projeção às nove
equipas Continentais, a viverem
momentos complicados face à
época sem competições.
O percurso que o nosso jornal
divulga não é muito diferente da-
quele que estava inicialmente
previsto, verificando-se a ausên-
cia do nordeste transmontano
que fazia parte do primeiro
alinhamento, a etapa Pe-
namacor -Moga-

douro sai do novo figurino, assim
como a ligação Torre de Moncor-
vo – Fafe, com a cidade minhota a
ser o palco do prologo, em substi-
tuição de Castelo Branco, registan-

Por
FERNANDO EMÍLIO

CICLISMO


Os 1167,9 km do traçado serão pro-
pícios a corredores completos e de boas
pernas face às três chegadas em altitu-
de. Após o prólogo em Fafe, o final em
Santa Luzia, Viana do Castelo, será pri-
meiro teste aos trepadores, que logo no
dia seguinte tem o final na Senhora da
Graça, em Mondim de Basto, num Mon-
te Farinha devastado por incêndio re-
cente. Após a etapa de transição de Fel-
gueiras a Viseu, com partida na freguesia
de Várzea, o pelotão sobe, no dia seguin-
te, ao Alto da Torre pela Covilhã e Penhas
da Saúde, como já adiantáramos.
Os finais na Figueira da Foz e Torres
Vedras serão para sprinters, tal como Se-
túbal, após as complicadas subidas da
Serra da Arrábida. O contrarrelógio em Lis-
boa (17,1 km), da Ribeira das Naus à Pra-
ça do Comércio, confirmará o vencedor
da Volta a Portugal especial, que além
das 9 equipas Continentais terá no pelo-
tão uma seleção sub 23 e 5 formações es-
trangeiras, a anunciar em breve. F. E.

Do Monte triste


à festa na capital


AS ETAPAS DE 2020

DIA ETAPA LIGAÇÃO KM
27 set. Prólogo em Fafe (CRI) 7,4
28 set. 1.ª Montalegre – Viana do Castelo 180,1
29 set. 2.ª Paredes – Senhora da Graça 141,3
30 set. 3.ª Felgueiras – Viseu 171
1 out. 4.ª Guarda – Torre 148,9
2 out. 5.ª Oliv. Hospital – Figueira da Foz 184,1
3 out. 6.ª Caldas da Rainha – Torres Vedras 155,4
4 out. 7.ª Loures – Setúbal 162
5 out. 8.ª Lisboa – Lisboa (CRI) 17,7
Total 1.167,9 km

AS EQUIPAS DO PELOTÃO

CONTINENTAIS (9): Atum General-Tavira-Maria
Nova Hotel; Aviludo-Louletano; Efapel; Feirense; Kelly-
-Inoutbuild-Oliveirense; LA Alumínios-LA Sport; Miran-
da-Mortágua; Radio Popular-Boavista; W52-FC Porto
SELEÇÃO (1): Sub 23
ESTRANGEIRAS (5): A divulgar

João Almeida


2.º em Itália


João Almeida (Deceuninck-Quick
Step) concluiu no 2.º lugar a clássica
italiana Giro dell’Emilia, com mais 9
segundos que o vencedor, o russo
Aleksandr Vlasov (AST). O jovem
português de 22 anos isolou-se no
início da última das cinco voltas ao
circuito de 9 km, ganhou ligeira
vantagem, mas não resistiu ao
ataque do corredor russo o qual,
apercebendo-se da vantagem do
opositor, atacou, levando consigo
Diego Ulissi (UAD), que também
não aguentou o ritmo e acabou a
ser 3.º, a 19 s. «A equipa ajudou-me
e todos trabalharam para que
pudesse chegar à vitória, que já
merecia pelo que tenho feito.
Os meus companheiros foram
fantásticos no apoio, mas quando
parecia que ia vencer o Vlasov, ele
foi mais forte», relatou desolado, a
A BOLA, o corredor das Caldas da
Rainha, já de regresso a Portugal,
mas sem baixar os braços: «Vou
continuar a trabalhar e pode ser
que consiga ganhar uma etapa na
Settimana Coppi e Bartali, no início
de setembro.» F. E.

Rui Costa


6.º em França


Ainda sem a camisola de campeão
nacional por não ter sido possível
fabricá-la em tempo útil, Rui
Costa está no 6.º lugar da geral,
com mais 16 s que o italiano Luca
Wackermann (THR), vencedor da
1.ª etapa do Tour de Limousin
(Couzeix-Evaux-Les-Bains, 183,5
km) e camisola amarela da prova,
com vantagem de 11 s para Jake
Stewart (GFC). O ataque de
Wackermann a 2 quilómetros do
fim instalou a incerteza na frente
do pelotão, sem que ninguém
assumisse a iniciativa. Bem
colocado nos últimos 500 metros,
Rui Costa foi o 11.º a cortar a meta,
7 segundos depois do vencedor,
enquanto Rui Oliveira (UAD)
chegou num dos grupos mais
atrasados e é 92.º na geral. F. E.

f


do-se a falta da zona raiana, Alen-
tejo e Algarve, numa corrida com
um prólogo e oito etapas.
«Não o posso confirmar porque
nem todos os contratos estão assina-
dos e poderá surgir alguma alteração,
mas também não vou desmentir.
Certo é que, por acordo entre a fe-
deração e a Podium, Joaquim Gomes
será o diretor de corrida», resumiu
o presidente da Federação Portu-
guesa de Ciclismo, Delmino Perei-
ra, a A BOLA, sobre o percurso.
As freguesias de Várzea, em Fel-
gueiras, Nogueira do Cravo, em Oli-
veira do Hospital, e Tornada e Salir
do Porto, nas Caldas da Rainha, se-
rão as localidades em estreia no tra-
çado da Volta a Portugal, todas como
partida de três etapas. A primeira
recebe o pelotão na 3.ª etapa que ru-
ma a Viseu, a segunda será partida
da 5.ª etapa com final na Figueira da
Foz, no dia seguinte e para comemo-
rar os 50 anos da primeira vitória de
Joaquim Agostinho na prova, a ca-
ravana percorre a região oeste, des-
de Tornada a Torres Vedras.
No total serão cinco as cidades

Português desolado por não ganhar

BETTINI PHOTO

CARLA CARRIÇO/ASF


que voltam a abrir portas à Volta:
Loures, que teve a ultima visita em
1983, com vitória de Carlos Santo;
Paredes, onde em 1996 ganhou ao
sprint Salius Sarkaukas; Torres Ve-
dras, que em 2001 deu partida à ti-
rada finda em Odivelas; Figueira da
Foz, onde em 2005 Cândido Barbo-
sa não deu hipóteses, e Caldas da
Rainha, que também foi arranque
em 2009. As restantes cidades foram
todas visitadas o ano passado, à ex-
ceção de Lisboa, que recebeu a ca-
ravana em 2017, e Setúbal, em 2018.

Oliveira do Hospital será, uma vez mais, um dos palcos da Volta a
Portugal, este ano sob a égide da Federação Portuguesa de Ciclismo,
que não quis privar as equipas nacionais, a viverem período complicado devido
à pandemia, do momento alto da época
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