A Bola - 20200822

(PepeLegal) #1

04 A BOLA


Sábado
22 de agosto de 2020

Levou a Taça quem não

Liga Europa jFinal jÉpoca 2019/2020 jEstádio do Colónia, Alemanha jSem espectadores j21-08-

A coragem de Lopetegui


ao manter a pressão alta


durante quase todo o


jogo merece destaque


OS NÚMEROS OS NÚMEROS

COMO ACABOU
4x3x3iTática j4x4x

ÁRBITRO
AUXILIARES
4.ºÁRBITRO

DISCIPLINA
Cartão amarelo a Diego Carlos (4) e Banega (45); a Ba-
rella(41), Bastoni (55), Gagliardini (73) e Antonio Conte
(18)
Cartão vermelho nada a assinalar

GOLOS
1-0, por Lukaku (5 gp); 1-1, por de Jong (12); 1-2, por de
Jong (33); 2-2, por Godín (36); 3-2, por Lukaku (74 pb)

Danny Makkelie 7 , Países Baixos
Mario Diks e Hesse Steegstra
Tasos Sidiropoulos (Grécia)

Inter


GOLO CÁ, GOLO LÁ
Não é difícil adivinhar a prele-
ção de Lopetegui para o jogo com
o Inter: «Vamos pressionar alto,
nem os deixamos respirar, coloca-
mo-los em sentido desde o pri-
meiro minuto.» Dito e feito. Depois
de dois minutos em cima dos ne-
razzurri, os sevilhanos foram apa-
nhados em contrapé, Romelu
Lukaku partiu para a área andalu-
za e só foi travado em falta pelo
ex-estorilista Diego Carlos. VAR
para cá, VAR para lá, marca, não
marca, o castigo máximo acabou
por ser (justamente) ratificado e
Lukaku deu uma vantagem ma-
drugadora ao Inter.
A perder, a equipa de Lopete-
gui nem hesitou. Atirou com o seu
4x3x3 para cima do 5x4x1 em que
Conti transformara o 3x5x2 dos
transalpinos, e sete minutos de-
pois Luuk de Jong empatava a par-
tida, finalizando com classe um
cruzamento da direita.
Custou ao Inter encaixar o gol-
pe, mas a verdade é que nos minu-
tos seguintes a equipa de Antonio
Conte ganhou supremacia terri-
torial e teve o melhor período na
partida. O poder físico de Lukaku
e o perfume técnico de Lautaro
Martínez mantinham a defesa do
Sevilha em contenção e um meio-
-campo transalpino mesmo falho
de criatividade, conseguiu dar o
domínio do ritmo de jogo aos ne-
razzurri. Mas, o futebol é como é,
e, sem que nada o prenunciasse,
bastou uma bola parada para De
Jong colocar o Sevilha na frente
(33). Como cá se fazem, cá se pa-
gam, o Inter precisou de dois mi-
nutos apenas para empatar, tam-
bém numa bola parada, por Godín.
No segundo tempo, Lopetegui
foi melhor que Conte. Porque teve
em Ever Banega o jogador que foi
sempre a cola entre os vários seto-
res e porque mexeu na equipa de
forma proativa, trocando Ocampos
por Munir, enquanto que o técni-
co italiano se mostrava demasia-
do calculista. E quando Diego Car-

G


RANDE final da Liga Eu-
ropa, um jogo para mais
tarde recordar, onde o
Sevilha mostrou o que
vale a ter no ADN uma
irresistível vocação ganhadora na
segunda prova da UEFA, seis vitó-
rias em seis tentativas, que desa-
fiam a lógica a lei das probabilida-
des, e que puseram em festa a
capital da Andaluzia, do Guadal-
quivir, ponto de partida de Fer-
não de Magalhães na aventura da
circum-navegação, até ao cascuo
antiguo, do bairro de Nervión.
Julen Lopetegui, que sucede a
Juande Ramos e Unai Emery na
gesta sevilhana, foi o homem da
noite. Porque apresentou uma
equipa construída com maior com-
plexidade que o Inter de Conte,
capaz de apresentar um futebol
moderno, ao mesmo tempo audaz
e equilibrado, a fazer esquecer al-
gumas hesitações fatais do antigo
guarda-redes do Barcelona, na sua
passagem pelo FC Porto: num jogo,
disputado no estádio da Luz a 26 de
abril de 2015, que os dragões pre-
cisavam de ganhar para chegar ao
título, o futebol que apresentaram
foi tímido e envergonhado, sem a
chama de um campeão. No fim
desse encontro, Jorge Jesus trocou
o nome do técnico azul-e-branco,
chamando-lhe ‘Lotopegui’, o que
provocou grande celeuma. Mas, a
esse ‘Lotopegui’ sem rasgo, suce-
deu o Lopetegui de ontem, trei-
nador de mão cheia, que dirigiu
com audácia e mestria o Sevilha.
Uma má avaliação retirou-o da Se-
leção espanhola no Mundial da
Rússia, uma entrada em falso no
Real Madrid parecia ter-lhe custa-
do a carreira. Mas Lopetegui rea-
firmou, nestes tempos atípicos,
que é um excelente treinador...


Por
JOSÉ MANUEL DELGADO

Que pecado, esta magnífica final não ter tido público! dPara quem não acredita na importância da tradição no futebol,


este Sevilha é uma lição dAo Inter faltou audácia, mas o mérito da equipa de Lopetegui é incontestável. E vão seis...


POSSE
DE BOLA 53%
PONTAPÉS
DE CANTO^2
FA LTA S
COMETIDAS^19

REMATES 7


REMATES
PERIGOSOS^3
FORAS-DE-
-JOGO^2

47%


1


16


13


5


0


O antigo técnico do FC
Porto mexeu na equipa
com tremenda sagacidade:
Ocampos estava esgotado e
entrou o irreverente Munir;
Vasquez acrescentou a Suso;
En-Nesyri deu o primeiro
combate que De Jong já não
conseguia e Gudelj manteve
seguras as redes de Bounou.

j


Bounou

O Inter não fez um mau
jogo, mas perante as
adversidades finais, Antonio
Conte não esteve à altura. A
lucidez de Eriksen foi a jogo
demasiado tarde e fez pouco
sentido prescindir de Lautaro
Martinez para a entrada,
adequada, de Alexis Sanchez.
Tanta prudência, para quê?

j


NÃO UTILIZADOS
Padelli (27), Sensi (12),
Ranocchia (13), Valero
(20), Esposito (30), Pi-
rola (31), Biraghi (34) e
Skriniar (37)

ANTONIO CONTE

TÁTICA
j3x5x

5


JULEN LOPETEGUI

TREINADOR
POSSE
DE BOLA
PONTAPÉS
DE CANTO
FA LTA S
COMETIDAS

REMATES

REMATES
PERIGOSOS
FORAS-DE-
-JOGO

TREINADOR

8


NÃO UTILIZADOS
Vaclik (1), Sánchez (31),
Sergi Gómez (3), Escu-
dero (18), Óliver (21), Jo-
sé Alonso (28), Genaro
(36) e Pablo Pérez (40).

TÁTICA
j4x3x

2

3 2


PONTOS ABOLA DE 0 A 10

Sevilha


INTERVALOAO
2

Lukaku foi o melhor


amigo de Diego Carlos,


que passou, de bicicleta,


de vilão a herói.


Reguilón

Gudelj

Koundé

Jesús
Navas

Va s q u e z
Banega

Fernando

Jordán

En-Nesyri

Munir

Handanovic

Candreva

De Vridj

Bastoni

D’Ambrosio

Moses

Barela

Eriksen

Gagliardini

Alexis
Sanchez

Lukaku

LIGA EUROPA jSEVILHA-INTER


Futebol internacional


41
Suso 5 (77’) j 22
Vazquez 6

13

Bounou 7

19

Luuk de Jong 8 (85’)
j 51 En-Nesyri -

23

Reguilón 7

20

Diego Carlos
5 (86’) j 17
Guldej -

12

Koundé 7

16

c Jesús
Navas 7

10

Banega 8

25

Fernando 6

24

Joan Jordán 6

5

Ocampos 7 (71’)
j 11 Munir 6

Uma grande noite


de Lopetegui


Mais do mesmo


não foi suficiente


1

c Handanovic
4

10

Lautaro 3 (78’)
j 7 Alexis
Sánchez 3

2

Godín 5 (90’)
j 87 Candreva
3

9

Lukaku 6

6

De Vrij 4

95

Bastoni 4

15

Young 3

77

Brozovic 6

5

Gagliardini 5
(78’)
j 24 Eriksen 2

23

Barella 6

33

D’Ambrosio
4 (78’) j 11
Moses 4
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