Record - 20200826

(PepeLegal) #1
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26 de agosto de 2020 FUTEBOL

UNIÃO. Pedro Proença e Joaquim Evangelista celebram acordo

RICARDO JR

V. SETÚBAL

çDepois de autorizado a
chegar mais tarde, o médio
brasileiro Leandrinho inte-
grou ontem, no segundo dia
de trabalho no Bonfim, o trei-
no do V. Setúbal, aumentando
para 22 o número de jogadores
às ordens de Meyong.
Entretanto, os guarda-re-
des Makaridze e Duverger fo-
ram convocados pelas sele-
ções de Geórgia e Haiti, respe-
tivamente. O georgiano vai
defrontar Estónia, a 5 de se-
tembro, e Macedónia, no dia
8, na Liga das Nações, en-
quanto o caribenho participa-
rá no estágio de preparação
que os haitianos têm agenda-
do para outubro. * R.L.P.

Leandrinho


já treinou


SELEÇÃO

çA Seleção Nacional vai
disputar os jogos de outubro e
novembro em Lisboa. Os dois
primeiros serão em Alvalade,
enquanto os outros dois vão
realizar-se na Luz.
No dia 7 de outubro, os co-
mandados de Fernando San-
tos jogam um particular com a
Espanha. Já no dia 14 a equipa
das quinas recebe a Suécia,
num encontro a contar para o
Grupo 3 da Liga das Nações. A
11 de novembro, Portugal rea-
liza um jogo de preparação
com Andorra e três dias de-
pois mede forças com a Fran-
ça, em mais uma partida refe-
rente ao Grupo 3 da Liga das
Nações. * R.F.

Alvalade e Luz


recebem jogos


çA Liga Portugal e o Sindica-
to dos Jogadores Profissionais
de Futebol (SJPF) celebraram
um Contrato Coletivo de Traba-
lho que, entre outras medidas,
trará mudanças às condições de
alguns clubes do Campeonato
de Portugal, incentivando-os a
assinarem mais contratos pro-
fissionais e a combaterem o fal-
so amadorismo.
Na Liga, o vencimento míni-
mo equivale a três salários mí-
nimos nacionais. Na 2ª Liga
corresponde a 1,75 desse valor e
no Campeonato de Portugal a
1,5. Agora, o valor pode baixar
para um salário mínimo se os
emblemas realizarem mais
contratos profissionais. Para
isso é necessário que 30 por
cento do plantel tenha contra-

tos profissionais de trabalho re-
gistados na Federação Portu-
guesa de Futebol (FPF). Caso
não cumpram, ficam obrigados
a voltar ao tecto salarial ante-
riormente estipulado.
De referir que, se um jogador
cumprir pelo menos 45 minu-
tos em cinco jogos pela equipa
principal ou pela equipa B de
determinado clube, poderá au-
ferir o rendimento que corres-
ponde ao escalão onde está in-
serida essa mesma equipa. Uma
situação que se mantém, caso
inicie a época no Campeonato
de Portugal e dispute jogos no
principal escalão do futebol
português, por exemplo.
Esta era uma luta do SJPF, da
FPF e dos clubes desde há algu-
mas épocas. * R.F.

Contrato de trabalho


contra falso amadorismo


CAMPEONATO DE PORTUGAL


LUÍS MANUEL NEVES

E


ENTREVISTA


çComo é que se apresenta aos
sócios enquanto candidato à
presidência do Belenenses?
CARLOS FERNANDES – Cheguei
ao clube com 7 anos e joguei em
todos os escalões de formação.
Era conhecido como Canhoto,
um dos meus nomes do meio.
Ainda júnior fui chamado por
Jimmy Melia aos seniores, estive
até à época 1983/84. Depois en-
trei na banca, onde estou há 30
anos. Licenciei-me em Gestão e
fiz mestrado em Economia Fi-
nanceira. Agora vou deixar a
banca, como presidente do Bele-
nenses seria incompatível.
+Parece-me otimista em rela-
ção a essa eleição.
CF – Estou a levar muito a sério a
minha candidatura. Ao ponto de

deixar um lugar de 30 anos e um
cargo de quadro diretivo num dos
maiores bancos.
+O que o leva a candidatar-se?
CF – Em 2012, em assembleia ge-
ral, fui um dos seis sócios que vo-
taram contra a abertura de capital
da SAD. Entendo que o Belenen-
ses entrou num marasmo, apesar
de continuar a ser a quarta maior
marca do futebol português. Com
o PER, em 2014, reduziu o passivo
dos credores mas não seguiu o
melhor caminho. Por exemplo,
antecipou as receitas da BP para
utilizar a curto prazo. O clube de-
via apostar na formação e vejo ju-
niores sem contratos profissio-
nais... Além disso, preocupa-me
a perda de muitos sócios. Com a
divisão criada em relação à SAD,
esta direção afastou sócios. Além
de faltar massa crítica. Entendo
que é o momento, esta pode ser a
última oportunidade para o Bele-
nenses se modernizar.
+Falou da divisão com a SAD.
Consigo a equipa da SAD pode
voltar ao Restelo?
CF – A SAD é que quis sair e neste
momento não há condições para
voltar. Os acordos que estavam
assinados têm de ser respeitados.
Agora, em relação a Rui Pedro
Soares, posso ter uma opinião so-
bre ele, mas como presidente do
Belenenses terei de recebê-lo se
ele assim quiser, pois o Belenen-
ses é uma pessoa de bem, não fe-
cha a porta a ninguém. O Bele-
nenses agora deve seguir o seu
caminho nos Distritais até voltar

aos campeonatos profissionais.
+Apesar de ainda não serem ofi-
ciais, há mais duas candidaturas
em marcha: a da atual direção e o
Movimento dos Históricos.
Acredita que pode derrotá-las?
CF – É muito bom aparecerem
três candidaturas, é sempre bom
discutir o clube. O que me deixa
em alerta é a falta de visão de ges-
tão do clube. Em seis anos, esta
direção perdeu nove vice-presi-
dentes e todos foram escolhidos
por Patrick Morais de Carvalho.
+Quem são os outros nomes da
sua lista?
CF – Nomes conhecidos do uni-
verso Belenenses. Fernando
Veiga Gomes para a presidência
da Mesa da Assembleia Geral e
Jorge Gomes Pedro para o Con-

selho Fiscal, o único órgão para o
qual não escolhi as pessoas, pois
entendo que deve ser um órgão
independente. Os vice-presi-
dentes são Miguel Freire, Vítor
Ennes, Nuno Almeida Costa,
António Polena, José Barros Ro-
drigues, Frederico Abecasis e
Frederico Almeida. Muitos já fo-
ram dirigentes do clube, mas
demitiram-se por não concor-
darem com regimes presiden-
cialistas. Comigo não será assim.
Serei o único a estar a 100 por
cento no clube, mesmo sem ser
remunerado. O que posso pro-
meter é que quem vai comigo le-
vará competência e conheci-
mento, esse é o critério da minha
escolha e o que o Belenenses
precisa. *

“ESTA PODE SER


A ÚLTIMA


OPORTUNIDADE”


“A SAD É QUE QUIS SAIR E AGORA
NÃO HÁ CONDIÇÕES PARA
VOLTAR, MAS OS CONTRATOS
ASSINADOS SÃO PARA CUMPRIR”

O bancário, de 54 anos, apresenta hoje a candidatura
à presidência do Belenenses e acredita que vai criar
condições para a modernização do clube do Restelo

MIGUEL AMARO

CARLOS


FERNANDES

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