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NOTA FINAL NOTA FINAL
A
primeira edição de Deadly Premonition ficou conhe-
cida por ter tanto de problemas técnicos como de
originalidade. A história surreal estilo Twin Peaks
conquistou muitos fãs. A expressão ‘é tão mau que é bom’
foi usada muitas vezes para descrever o jogo. Um pouco
como se faz com alguns filmes de baixo orçamento. Mas
será aceitável repetirem-se os mesmos problemas uma
década depois? Não, por mais interessante que sejam – e
muitas vezes são – os diálogos entre as personagens, nada
justifica os enormes problemas técnicos. São botões que
deixam de funcionar em momentos críticos, completa falta
de fluidez, sistema de controlo ineficiente, bloqueios que
obrigam a reiniciar a consola... As falhas são tantas que se
torna difícil deixar-nos envolver pelo enredo complexo
do que é, essencialmente, uma investigação de homicídio
numa cidade ficcional no Louisiana (EUA). O jogo funciona
como prequela e sequela da primeira edição, já que decorre
em dois momentos do tempo diferentes em investigações
que estão relacionadas. Como referido, o enredo é rico
embora, por vezes, os diálogos sejam difíceis de contex-
tualizar. Se há um aspeto positivo neste jogo, esse é, sem
dúvida, os diálogos, incluindo um estranho sentido de
humor. Tanto mais que é fácil sermos surpreendidos por
reviravoltas que chegam a ser perturbadoras.
Exploramos um mundo semiaberto para ir descobrindo
pistas e personagens. A estranheza ou, se preferir, origi-
nalidade da história fica evidente no veículo usado para
explorar a cidade: um skate em vez do mais habitual carro.
Há que ter também cuidado com a personagem, já que
falta de comida ou de higiene têm consequências no jogo.
É possível que, ao avançarmos no
enredo, as coisas se tornem mais in-
teressantes. Mas, sinceramente, com
tantos problemas, desisti ao fim de
menos de duas horas. Talvez os fãs
mais ferrenhos da primeira edição
consigam encontrar motivos para
gastar €50 neste título. Para mim,
nem que fosse grátis. Sérgio Magno
O
s jogos Pokémon Sword e Pokémon Shield certamente
estiveram entre os mais antecipados para a Switch.
Como esperado, vieram ampliar o universo Pokémon
com mais lugares, criaturas e experiências. Estas expansões
(uma para cada versão do jogo), vêm aumentar ainda mais
esse universo. Mas justificará o preço? A resposta é um claro
sim para os adeptos dos jogos. Há mais atividades, mais área
a explorar e mais 100 Pokémon para capturar. Mais do que
suficiente para manter os fãs entretidos e reanimar ‘a chama’
do jogo. Entre as novidades, o destaque vai para The Isle of
Armor, uma nova ilha dentro da região de Galar carregada
com muito para descobrir, incluindo itens raros. Atenção
que esta expansão também dá direito ao The Crown Tundra,
que ficará disponível no outono e que deverá trazer, além de
novas Wild Areas, mais 100 Pokémon para caçar.
A nova geografia está associada a novas Wild Areas, ou seja,
áreas livres para capturar Pokémon independentemente da
aventura central. O que reforça um pouco o caráter de mundo
aberto de Pokémon Sword e Pokémon Shield. Um dos aspetos
mais positivos é que tanto os jogadores mais avançados na
aventura principal como os novos jogadores poderão tirar
partido imediato desta expansão graças a um sistema de
nivelamento das criaturas disponíveis na ilha em função do
nível do jogador. Mas este nivelamento tem algumas limi-
tações para os jogadores que ainda nem começaram nem
acabaram a aventura do jogo base. E também preferíamos
que estas expansões trouxessem mais Pokémon novos e não
apenas clássicos, que ainda não viviam em Galar. É, uma
vez mais, a Nintendo a reaproveitar
o que já tem em vez de oferecer novas
personagens. Veremos o que trará a
segunda parte da expansão.
Independentemente das pequenas
falhas, estas expansões são ‘obriga-
tórias’ para os fãs do fenómeno que
é Pokémon. Para os restantes, cla-
ro, não faz sentido. S.M.
BUGOLÂNDIA
MAIS VIDA
PARA OS POKÉMON
DEADLY PREMONITION 2:
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EXPANSION PASS PARA POKÉMON
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Nintendo Switch Nintendo Switch
1,5 4,1