PC Guia - Edição 296 (2020-09)

(Antfer) #1

OK, COMPUTADOR...


Como membro da última geração que cresceu
sem Internet em casa e jogou à bola na rua,
ou apenas a sentir o vento na cara lá no ramo
mais alto da macieira do vizinho, venho
manifestar-me contra o culto da eficiência,
contra a permanente conectividade, contra
a transformação do indivíduo em utilizador.

Quando é que surgiu esta necessidade de sermos
eficientes, motivados, produtivos? Quando é que
decidimos ser autómatos multitarefa quando mal
conseguimos lidar com uma? Por questões
profissionais, tive de escrever sobre produtividade
nos últimos meses e, depois de muita análise,
descobri o segredo. Dois segredos, aliás.

O primeiro segredo é que nos andam a enfiar
um monte de tretas pela goela abaixo. Sim,
é importante estar motivado, é importante saber
organizar prioridades, rentabilizar o tempo, estar em
forma, ler mais livros, ser criativo, estar num espaço
arrumado, meditar, fazer mais mais mais. Existem
várias apps para cada uma destas questões. O que
os gurus da produtividade omitem é o ‘porquê’
de ser mais produtivo. E muitos de vocês vão
responder «para fazer mais coisas», quando
a resposta de uma pessoa saudável é «para
poder não fazer nada».

Esse é o segundo segredo. Para serem mais
produtivos precisam de tempo para não o ser,
de tempo para descansar, para jogar à bola na rua,
para ignorar o smartphone durante horas.
Para ver se há árvores de fruto na vizinhança.

No álbum OK Computer (1997) há uma faixa
chamada Fitter Happier, que não é bem uma canção,
como se os Radiohead tivessem decidido não
fazer uma de propósito. Ouçam-na, agora que
são adultos.

A verdade é que não tinha macieiras na vizinhança
e tinha medo de alturas quando era miúdo.
Mas cresci sem a culpa de não ser produtivo,
e aproveitei os dias de verão o melhor que podia,
sem ser escravo de um dispositivo digital
e das pessoas que estão lá dentro.

Quando é que perdemos? Quando os computadores
passaram a mandar em nós em vez de sermos
nós a mandar neles. Mas estamos em forma
e felizes. Certo?

BOSCH AUMENTA PRODUÇÃO
E CONSUMO DE ENERGIA RENOVÁVEL

A multinacional de origem alemã está
a expandir a produção interna de energia
verde nas suas localizações e assinou três
acordos de longo prazo para energia
fotovoltaica. A Bosch continua a avançar com
os seus planos para ser uma empresa neutra
em carbono e até ao final do ano, «as
quatrocentas localizações em todo o mundo
serão neutras em termos de carbono»,
salientou Volkmar Denner, CEO do Grupo
Bosch. A aposta em energias renováveis por
parte da empresa faz parte dos «esforços para
a transição energética, que vão continuar
depois de 2020. Investir em energias
renováveis é uma prova importante disso
mesmo», acrescentou o responsável.
Assim, a Bosch quer aumentar significativa-
mente a participação de fontes renováveis no
seu consumo de energia e assinou contratos
com a RWE, Statkraft e Vattenfall para
o fornecimento de electricidade gerada a partir
dos parques fotovoltaicos dos três

fornecedores na Alemanha. A partir de 2021,
o volume anual total de energia deverá ser de
mais de cem mil megawatts-hora,
«o equivalente ao consumo anual de
eletricidade de até trinta mil residências
particulares ou 70% do consumo de
eletricidade na fábrica da Bosch em
Feuerbach», explica a empresa.
Para além disso, a Bosch está a expandir a sua
produção de energia solar. Actualmente,
a empresa gera cerca de sessenta mil
megawatts-hora por ano a partir de quase
cinaquenta sistemas fotovoltaicos instalados
nas suas próprias instalações. No total,
a Bosch planeia expandir o seu fornecimento
de energia renovável para mais de
quatrocentos mil megawatts-hora até 2030.
Por outro lado, a Bosch está a desenvolver
projectos de produção de energia através
de hidroeletricidade e biomassa para
que a sua utilização de energia renovável
seja ainda maior. M.F.

Alex Gamela
@alexgamela

O QUE VEM
À REDE

O Disney+ (ou Disney Plus) chega a Portugal
no dia 15 de Setembro e até à véspera será
possível fazer uma subscrição anual por
59,99 euros - depois, o valor passa para os
69,99 euros. Para fazer esta subscrição
antecipada basta entrar no site do serviço de
streaming, criar uma conta e usar um cartão
de crédito ou PayPal para pagar a anuidade.
Além da subscrição anual, também pode ser
feita uma mensal por 6,99 euros – contudo,
se a ideia for usar o serviço durante um ano,
o valor final não compensa: 83,88 euros.
O Disney Plus garante uma qualidade HD e 4K

(em alguns títulos), sem que tenhamos de
pagar mais por isso, como acontece com
a Netflix. Os downloads são ilimitados, podem
estar até quatro pessoas ligadas ao mesmo
tempo com um login e um máximo de dez
dispositivos com uma só conta.
Isto vai permitir que, por exemplo, quatro
amigos possam “rachar” uma anuidade do
Disney Plus (14,99 euros por pessoa, se
tivermos em conta esta promoção). O Disney
Plus fica ainda disponível com apps para iOS,
Android, Smart TV e via browser no
computador. R.D.

DISNEY PLUS PODE COMEÇAR A SER SUBSCRITO COM
UM PLANO ANUAL QUE DÁ DEZ EUROS DE DESCONTO

02 ON

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