O Barro
Entre o menino que fui
E o homem que sou
Há o barro do Arrudas
O fim de um belo pomar
Pitangas e mangueirasEntre o menino que fui
E o homem que sou
Há onze sepultamentos
De parentes e amigos
E dois renascimentosEntre o menino que fui
E o homem que sou
Houve sete guerras
Doze amores desfeitos
E milhares de preceitosTento lhe dar as mãos
Mas tão fundo se fora
Que só ouço sussurros
E súplicas à noite alta
“Salve-me! Salve-me!”(Fernando Righi, “Pelos cantos dos
canteiros”, BH: Santo Ambrósio,
2016)
SERVIÇO:
FernandoRighimoraem Belo
Horizonte. Atualmente vem
comercializando seus livros
nas plataformas digitais, em
especial, direto com ele pelo
WhatsApp( 31 ) 9850 - 3444.*Adriana Santiago é
jornalista,escritora,poeta.