Paulista de Piracicaba,
Maria Edith do Amaral
Garboggini Di Giorgi nasceu no
dia 13 de fevereiro de 1930. Foi
casada por 56 anos com o
professor Flávio Di Giorgi, seu
colega de faculdade. Teve cinco
filhosesetenetos.Faleceuem 03
desetembrode 2014 ,aos 84 anos.
Graduou-se no curso de
LetrasClássicasdaUSPerealizou,
também, na USP os créditos do
mestradoemliteraturabrasileira.
IngressounoDepartamento
deLetrasModernasdaFAFI,atual
UNESP,emSãoJosédoRioPreto,
emabrilde 1958 .Atuou naárea
de Língua Portuguesa,
vinculando-se às linhas de
pesquisa Literatura Portuguesa e
Literatura Brasileira, na qual
estudou, mais especificamente, a
obra de Monteiro Lobato e
MachadodeAssis.
Publicou um livro de
poemasintitulado “VITA”, o qual
contou com prefáciodo Prof. Dr.
Alfredo Bosi, da USP. Aqui você
vaiveralgunsdospoemasescritos
por Maria Edith, a quem
prestamos nossahomenagem.
O relógio na parede era uma rosa
Que sussurrava para mim, na madrugada;
Seu cavalo com as patas levantadas
Trotava pela noite enluarada.
Olhos verdes das begônias me espiavam
Varando as paredes coloniais
No outro quarto um bebezinho soluçava
Sempre havia um bebê, qual gatinho a miar
O madeirame estalando, ao retrair-se
Gorgolejantes canos, cães ganintes,
Músicos de Bremen, em sinfonia
Para dançar os morcegos no telhado.
O perfume dos jasmins era tão forte
Que acordava os passarinhos bem cedinho.
A madrugada em flor já me chamava,
Fantasma, em camisão branco eu a buscava.
E ficava com os sentidos tão alerta
Que todo o sono logo me escapava,
Ouvindo todo o odor, sonho concreto
Crescia para o mundo da poesia.