Idomar Cerutti e
o majestoso projeto
Pegaí Leitura Grátis
O homem por trás dos livros
Ver livro parado em estante,
pegandopoeira,écoisaqueincomoda.
E também incomodava ao Idomar
AugustoCerutti,professoruniversitário
quemoraemPontaGrossa,noParaná.
Idomartinhavontade decolocar
uma caixa com livros, em um canto
qualquer e compartilhar, com quem
querquefosse.Umaideiatímidaparao
homem que disponibilizou 303 mil
livros,paraseremlidos.
Avontadeseconcretizou depois
queeleassistiuumareportagemsobre
motoboys distribuindo livros e teve o
estalo: “Se eles conseguem, eu que
estou dentro da universidade
consigotambém.”
Eláfoiele,aproximarlivrossem
leitores, de leitores sem livros. Virou
missão,nãosódoIdomar,mastambém
dosatuaismaisde 180 voluntáriosque
abraçamacausacomvontade.
O início foi singelo. Pediu livros
paraosconhecidos,nasredessociaise
crioueventositinerantes,oprimeirono
halldeentradadeumsupermercado.
Artigo de Marina Marino
E tudo começou a andar,
principalmente com a chegada dos
parceiros que ajudaram a espalhar a
marcapelacidade.
Quem vai à Ponta Grossa,
encontra à disposição 47 pontos de
disponibilização de livros da Pegaí
Leitura Grátis. Aliás, a rede já se
espalhouealcançououtras 15 cidades
doParaná.
As estantes estão em
supermercados, escolas, correios, até
nacadeiapública,aturmadoIdomar
levalivrosparaseremlidos.
Oquehánasestantes? “Livrosde
ler e não de estudar” como disse uma
meninade 12 anoscertavezaoIdomar,
numa das escolas que ele visitou para
divulgar o projeto. Nelas vocêencontra
livrosdepoesia,sonetos,contos,ensaios,
atégibis, indicadospara crianças,jovens
ou adultos. Doados por leitores,
escritores, livreiros e até editores, que
veemnoPegaíLeituraGrátisaformade
incentivarohábitodaleituraelibertaros
livros.