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6 de setembro de 2020
ç Numa conversa entre
dois ‘experts’ de futebol, o
mais experiente dizia para o
outro: “O jogador atual de-
mora a atingir a maturida-
de, e quando aí chega já está
em fim de carreira”. O as-
sunto Messi tem vários
pontos de vista: o miúdo es-
tava farto de ganhar tão
pouco (60 milhões/ano) e
começou a ouvir preten-
dentes. Os petrodólares e as
libras foram subindo na ca-
beça do pai e filho Messi, e o
que não parecia já era, e o 8-2
e a contratação de Koeman
fizeram subir a tentação.
O que Koeman disse ou
pretendeu comunicar, e o
que o astro percebeu ou su-
bentendeu, pode já pouco
interessar. Falar deste as-
sunto pretende julgar
quem quer que seja, mas
aprender com estes casos e
evitar situações semelhan-
tes. Os problemas evitam-
-se fazendo-os não aconte-
cer. Mas não há muitos ce-
nários possíveis. Supondo
que quando o treinador as-
sinou lhe pediram ‘limpeza’,
e ele, de forma leviana, le-
vou isso à letra e afastou
Suárez, melhor amigo de
Messi, confere-lhe dois lon-
gos minutos de privada reu-
nião e informa-o que não
conta com ele. Pouca perso-
nalidade. Noutro cenário,
fá-lo apenas porque preten-
dia impor o seu estatuto, e
confundiu a sua qualidade
de ex-jogador com a de Suá-
rez e Messi, e achou-se supe-
rior a ambos quando diz a
Messi que se acabaram os
privilégios. Aqui revelou
personalidade ‘a mais’.
Bartomeu não está isento
de responsabilidade, pois
contratou um treinador
que no primeiro dia incen-
diou La Masia. Muito res-
ponsáveis são também os
clubes que incentivaram o
atleta a rescindir. Este filme
vai acabar na Netflix, e num
final histórico, em breve sai
do clube quem menos se es-
pera: o Koeman. E eventual-
mente Bartomeu. E o único
que fica no clube, renova o
contrato e aumenta o seu
salário é o pequeno Génio.
Apenas ficção. ‘Visca Barça,
més que un club’.
Messi,
que Koemeço
de época
çO Portimonense está a ser
alvo de forte interesse do City
Football Group, empresa que de-
tém vários clubes, entre eles o
Manchester City. As conversa-
ções estão a decorrer com Theo-
doro Fonseca, líder da SAD dos
algarvios, em Abu Dhabi, no Du-
bai, sendo que o dirigente ia re-
gressar hoje... tendo adiado a
viagem para os próximos dias.
Segundo Record apurou, o
brasileiro rejeitou liminarmente
uma primeira proposta de 40 mi-
lhões de euros em dezembro.
Nesta altura, em cima da mesa
estão 150 milhões, ainda que
Theodoro Fonseca resista a ven-
der até pelo apego que sente ao
projeto. Nesse sentido, há vários
cenários em cima da mesa, com
uma possível parceria que impli-
caria uma posição do dirigente
no City Group e da própria em-
presa na SAD do Portimonense.
Um dos próximos passos desta
complexa negociação deve mes-
mo passar por uma visita de
membros do City Group a a Por-
tugal para aferir as condições de
todas as estruturas do clube al-
garvio. * P.G.P.
PORTIMONENSE
Theodoro Fonseca
çAo contrário do que ontem
podia ter ficado subentendido, a
SAD minhota não vai perdoar
“um cêntimo” do valor da dívi-
da que o Sporting acumulou em
relação à contratação de Rúben
Amorim.
António Salvador continua
intransigente nesse ponto que
considera de honra e apenas
aceitou, depois de uma longa
reunião com os seus pares da
administração, abrir um corre-
dor para um eventual acordo de
pagamento, mas sem que isso
implique qualquer “desconto”
nos números que o Sp. Braga
tem em cima da mesa e que, no
total, já ultrapassam os 12 mi-
lhões de euros.
Registe-se que é preciso adi-
cionar os juros e as penalizações
decorrentes do contrato entre
as partes aos 10 milhões que es-
tavam na cláusula rescisória de
Rúben Amorim quando os leões
o foram buscar a Braga.
Basta exemplificar aqui que,
só pelo simples facto de não ter
depositado a primeira tranche
do pagamento acordado, que
era de 5 milhões de euros e até ao
dia 6 de março, o Sporting ficou
logo com ónus de uma penali-
zação que estava previamente
estabelecida.
O que se passa neste momen-
to é que continuam a existir
conversações entre advogados
que representam ambas as par-
tes, sendo que houve até apro-
ximações interessantes no sen-
tido de poder haver mesmo um
acordo entre minhotos e leões.
É isso que o Sp. Braga preten-
de, aliás, procurando ver este
problema resolvido de uma for-
ma pacífica, apesar de manter a
ameaça de partir para outros
“meios legais” caso este enten-
dimento não seja mesmo possí-
vel. No essencial, o que os mi-
nhotos fizeram foi alertar o
Sporting, como parte devedora,
que a questão tem de ser mesmo
resolvida em tempo oportuno,
mesmo que seja com um novo
acordo de pagamento faseado,
mas até esta parte tem de ficar
bem esclarecida, pois os juros
continuam a aumentar. *
Minhotos podem chegar
a uma plataforma de
entendimento, mas não
abdicam de nada
HÁ CONVERSAÇÕES ENTRE
ADVOGADOS, MAS OS JUROS
CONTINUAM A AUMENTAR E A
‘CONTA’ VAI NOS 12 MILHÕES!
DÍVIDA DE AMORIM
NÃO TERÁ PERDÃO
SP. BRAGA
çO Marítimo desloca-se a
Inglaterra no próximo fim de
semana para defrontar o
Burnley, naquele que será o
seu último teste antes do ar-
ranque da Liga NOS, diante do
Santa Clara. O jogo com a
equipa orientada por Sean
Dyche realiza-se no sábado,
dia em que os clarets deveriam
estrear-se na Premier League
contra o Manchester United,
num encontro que entretanto
foi adiado.
Antes, os madeirenses jo-
gam quarta-feira em Alco-
chete, com o Sporting, viajan-
do na sexta-feira, em voo
charter, rumo ao norte de In-
glaterra. * G.V.
Burnley encerra
a pré-época
MARÍTIMO
çO primeiro ministro ita-
liano, Giuseppe Conte, consi-
dera que ainda não há condi-
ções para que o público re-
gresse aos estádios de futebol.
Apesar dos pedidos de vários
clubes da Serie A para ter, pelo
menos, mil adeptos nas ban-
cadas, o político opôs-se à
ideia. “A presença num está-
dio ou qualquer outra grande
aglomeração onde o contacto
próximo é inevitável, não
apenas no próprio evento,
mas ao entrar e sair, é absolu-
tamente inoportuna”, afir-
mou. Apesar disto, algumas
equipas tiveram público nos
seus jogos particulares. * B.L.
Futebol segue
sem público
ITÁLIA
çO Flamengo ganhou (2-1)
ao Fortaleza e somou o tercei-
ro sucesso consecutivo. Ever-
ton Ribeiro marcou para o
Mengão aos 6’ e Juninho (14’,
de penálti) igualou. Com o
Flamengo reduzido a dez, de-
vido a lesão de Pedro Rocha,
parecia que o 1-1 ia permane-
cer, mas Gabriel Barbosa vol-
tou a decidir (88’). Após oito
jogos, os rubro-negros sobem
à segunda posição, a dois pon-
tos do líder Internacional, que
tem um jogo a menos. * B.L.
Gabigol salva
Flamengo
BRASIL
FILIPE FARINHA
ANTÓNIO MENDES
À ESPERA. Pagamento de Amorim continua por resolver
Artur Fernandes
Presidente da Associação Presidente da Associação
Nacional de Agentes de FutebolNacional de Agentes de Futebol
AGENTE NADA
SECRETO
City Group acena com 150 milhões
FILIPE FARINHA