SETEMBRO 2020. EXAME. 85NEGÓCIO DAS FARMÁCIAS
ELETRÓNICAS CRESCEA pandemia de Covid-19 tem contribuído para o crescimento
global do número de pessoas que procuram os serviços far-
macêuticos online, para evitarem o risco da visita física às far-
mácias tradicionais. Já há, inclusive, alternativas nesse sentido
em Portugal, tal como foi relatado neste especial, permitindo
que as pessoas de determinado bairro possam visitar a sua
farmácia a partir de uma plataforma digital para fazerem o pe-
dido de medicamentos e outros produtos de que necessitam.
Assim como a telemedicina, que permite que os pacientes
se conectem com médicos no conforto de suas casas, a far-
mácia eletrónica tem uma série de vantagens, com a con-
veniência no topo da lista. No fundo, na farmácia eletrónica
passa-se o mesmo que em todos os outros negócios de
e-commerce. Em termos sumários, o cliente encomenda,
o farmacêutico recebe o pedido de medicamentos online
e estes são entregues à sua porta. De acordo com a Mayo
Clinic, empresa que possui diversos hospitais privados nos
Estados Unidos, a conveniência foi o fator motivador para
mais de 50 % das pessoas que usaram farmácias online,
enquanto 44 % escolheram este modo de aquisição por ser
mais barato.GASTOS COM CUIDADOS PESSOAIS
NO NATAL DE 2020 DEVERÃO
MANTERSE
Depois de um início de ano difícil com a Covid-19, a categoria
de beleza e cuidados pessoais deve ver as vendas dispara-
rem, como de costume, durante a temporada de férias de
Natal, com os consumidores a manterem gastos e compras
online, de acordo com o estudo Road to Recovery: 2020
Shopping Peaks Reimagined, da empresa global de marke-
ting digital Rakuten Advertising. Este trabalho, que analisa
as tendências de compra no mundo pós-Covid-19, envolveu
uma pesquisa global junto de mais de 8500 pessoas.
Embora muitas marcas tenham lutado para manter as suas
vendas, o impacto da pandemia neste sector não tem sido tão
significativo como noutros. A pesquisa levada a cabo pela Ra-
kuten Advertising mostra mesmo que não deverá ter qualquer
impacto nas vendas de Natal deste sector, já que a maioria
dos consumidores está a pensar gastar o dinheiro habitual
nas suas compras neste período, apesar de 40% terem visto o
seu rendimento familiar diminuir. Os resultados da sondagem
da empresa de marketing mostram que mais de 40% dos
consumidores mundiais continuaram a gastar o mesmo em
produtos de beleza e cuidados pessoais e cerca de 20% até
passaram a despender mais dinheiro nesse tipo de compras.
Em termos gerais, 50% das suas aquisições foram feitas
em lojas próximas dos lares, mas quase 70% aumentaram
as suas despesas online. Há, assim, boas notícias para
os retalhistas, já que a maioria não prevê diminuir as suas
compras em períodos como o Natal ou o Dia dos Namorados
do próximo ano.