Record - 20200908

(PepeLegal) #1

08 OPINIÃO


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Diretor-Geral Editorial.Esteves Pereira e Alfredo Leite Octávio Ribeiro; Dir.-Geral Gráfico. Dir.-Gerais Edit.-Adjs. Pedro FreireArmando


8 de setembro de 2020

ç A tensão entre Lionel Messi
e pelo menos parte da estrutu-
ra diretiva do Barcelona tem
muito tempo e já conheceu vá-
rios episódios, como o ‘Barçaga-
te’ e o despique com o recém-
-dispensado diretor desportivo,
Éric Abidal. A época falhada es-
ticou a corda. A derrota humi-
lhante perante o Bayern Muni-
que nos quartos-de-final da
Liga dos Campeões foi muito
mais do que uma noite desins-
pirada – foi um sintoma agudo
do ambiente tóxico que se vive
no Santiago Bernabéu.

Foi o fim de um ciclo. “Reno-
vação” tornou-se a palavra
de ordem. Novo treinador –
Ronald Koeman – e novos jo-
gadores. Quanto baste. A dire-
ção ficou intocada. Messi, san-
gue velho, mas ainda com
muito para dar, não gostou da

limpeza dos colegas de balneá-
rio e achou provavelmente
que o que tinha de mudar fica-
va na mesma. Quis forçar a
saída e com isso criou o caso
futebolístico do verão.

A tensão entre o presidente,
Josep Maria Bartomeu, e o
craque argentino é também
uma disputa por poder. Quan-
do se tem um jogador como
Messi há muitos anos no clu-
be, não há dúvida de quem
manda no balneário. Mas e
quem manda no futebol?

Quem tem o poder de fazer
tombar quem?

O jogador já tinha mostrado
vontade em partir, mas um
Bartomeu já fragilizado e
consciente de que a saída do
melhor do Mundo ditaria pro-
vavelmente a sua queda ante-
cipada, recusou negociar. Uma
média de 0,81 golos por jogo e o
valor da marca Messi também

terão pesado na decisão.

O argentino enviou então para
o Barcelona o famoso “buro-
fax” a comunicar a sua intenção
de rescindir e faltou ao arran-
que dos treinos. Só que o prazo
contratual (10 de junho) para o
fazer já passara e o prolonga-
mento da época por causa da
pandemia era um argumento

jurídico de eficácia incerta.

A possibilidade de uma longa
batalha legal para poder ins-
crever o jogador nas competi-
ções alienou pretendentes e as
opções de Messi, que só devia
ter arrancado para a jogada
com a certeza de que marcaria
golo. Mesmo ficando, não pode
apagar as últimas semanas e o
dano que elas deixam na sua
imagem.

O melhor do Mundo não fica
porque quer. Fica porque não
consegue sair antes de junho
de 2021. Que impacto teria tido
uma rescisão a 10 de junho,
com a época ainda a correr?
Messi não quis ficar com esse
ónus e o presidente não lhe deu
escolha. A paz será sempre po-
dre. As eleições de março pode-
rão ser decisivas para a sua
continuação. Se Bartomeu for
candidato e ganhar, Messi pro-
vavelmente sairá. O que é bas-
tante para condicionar a sua
reeleição.

O caso suscita várias refle-
xões. Expõe os riscos de ter na
equipa um jogador com tama-
nha influência, ao ponto de se
tornar um contrapoder no clu-
be. E é mais um exemplo de
como a liberdade contratual
dos jogadores é amplamente
violentada no futebol atual.
Messi fica porque para sair te-
ria de pagar 700 milhões de eu-
ros. Não é uma cláusula de res-
cisão, é uma cláusula de prisão.
Foi o próprio que a aceitou, é
certo, mas é à UEFA que
cabe impor limites.

O drible


falhado


de Messi


A JOGADA SAIU MAL AO MELHOR DO MUNDO
E DEIXA LESÕES. MAS TAMBÉM SUSCITA REFLEXÕES.
MESSI FICA PORQUE PARA SAIR TERIA
DE PAGAR 700 MILHÕES DE EUROS

LINHADEFUNDO


André Veríssimo
Diretor do Negócios

O FC Porto tomou uma boa decisão ao emprestar
o médio Vítor Ferreira ao Wolverhampton?

Vítor Ferreira não te-
ria muito espaço no onze do
FC Porto, não colocando em
causa a qualidade do médio.
Assim, ceder o internacional
sub-21 a um clube da Premier
League - e treinada por um
técnico português – é uma ex-
celente opção para o FC Por-
to. Mesmo se não conseguir
entrar no onze forte do Wol-
verhampton, Vítor Ferreira
terá algumas oportunidades
no melhor campeonato do
Mundo. Voltará mais forte.

SIM.


MIGUEL AMARO

Uma coisa – ainda
que discutível – é deixar sair
um jovem talento porque al-
guém decide pagar 40 mi-
lhões de euros no imediato.
Outra bem diferente é em-
prestar uma pérola ao Wol-
ves sem haver retorno garan-
tido, especialmente tendo em
conta que Vítor Ferreira po-
dia ser uma mais-valia para a
equipa orientada por Sérgio
Conceição. Fazia todo o senti-
do apostar bem mais na prata
da casa.

NÃO.


PEDRO GONÇALO PINTO

FRENTE A FRENTE

PETER SPARK/MOVEPHOTO

AMANHÃ NÃO PERCA JOSÉ MANUEL FREITAS

ESTE É MAIS UM EXEMPLO
DE COMO A LIBERDADE
CONTRATUAL DOS
JOGADORES É VIOLENTADA

O QUE DIZEM OS OUTROS

O ‘Olé’ realça a apresentação de
Gustavo Alfaro para selecionador
do Equador. O técnico argentino,
ex-Boca Juniors, substitui Jordi
Cruyff e surge com a ambição de
participar no Mundial do Qatar.
“É um orgulho e um desafio trei-
nar o Equador. O objetivo é che-
gar ao Qatar e, a partir de agora,
vamos trabalhar para atingir esse
sonho”, sublinhou.

A participação de Samuel Eto’o na
apresentação oficial de La Liga foi
destacada pelo ‘AS’, tendo aborda-
do a permanência de Messi no
Barcelona e o futuro do clube. “O
Messi é como um filho para mim.
Ele ficou e fico muito feliz. O Bar-
celona será o vencedor do cam-
peonato, mas acho que precisa de
mais jogadores à Barcelona, que
joguem à ‘Tiki-Taka’”, frisou.

As declarações do CEO da Roma,
Guido Fienga, são colocadas em
evidência pelo ‘Tuttosport’. “A
Roma tem um bom treinador
[Paulo Fonseca] e um bom plantel.
Temos feito um esforço para
manter os melhores jogadores,
pelo que quem chegar vem com o
intuito de melhorar ainda mais a
equipa. Dzeko é o capitão e fica
enquanto assim o desejar”, disse.

O ‘Lance’ enaltece a diferença de
filosofia entre Jorge Jesus e
Domènec Torrent. Ao passo que
JJ não costuma rodar jogadores
com frequência, o atual líder do
Flamengo tem alterado constan-
temente a equipa, algo que está de
acordo com os princípios de Pep
Guardiola. O diário menciona ain-
da que o ‘Onze de Gala’ do Barcelo-
na, em 2008/2009, só jogou junto...
quatro vezes.

O diário francês apresenta o moti-
vo para o mau rendimento de Thi-
baut Pinot na Volta a França. O ci-
clista da FDJ está a par de uma in-
flamação no sacro que, apesar de
não estar fraturado, causa grande
mal-estar àquela que era a princi-
pal esperança francesa para dis-
cutir a prova. Apesar de estar a
28.32 m do líder Roglic, o ciclista
não pretende deixar a corrida.
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