02 A BOLA
Quarta-feira
9 de setembro de 2020Liga das Nações jGrupo 3 j2.ª jornada jFriends Arena, Solna jÀ porta fechada j08-09-OS NÚMEROS OS NÚMEROSCOMO ACABOU
4x3x2iTática j4x3xÁRBITRO
AUXILIARES
4.ºÁRBITRODISCIPLINA
Cartão amarelo a Svensson (14 e 44); Raphael Guerrei-
ro (57), João Félix (86)
Cartão vermelho a Svensson (44, por acumulação)GOLOS
0-1, por Cristiano Ronaldo (45+1); 0-2, por Cristiano Ro-
naldo (72)Danny Makkelie 8 , da Holanda
Mario Diks e Hessel Steegstra
Jochem KamphuisPortugal
POSSE
DE BOLA 61%
PONTAPÉS
DE CANTO^9
FA LTA S
COMETIDAS^14REMATES 15
REMATES
PERIGOSOS^6
FORAS-DE-
-JOGO^339%
3
8
6
1
1
NÃO UTILIZADOS
Rui Patrício (1), Rui Silva (22),
Nélson Semedo (2), José Fonte (6),
André Silva (9), Trincão (14),
Domingos Duarte (16),
Mário Rui (19) e Sérgio Oliveira (21)FERNANDO SANTOSTÁTICA
j4x3x7
JAN ANDERSONTREINADOR
POSSE
DE BOLA
PONTAPÉS
DE CANTO
FA LTA S
COMETIDASREMATESREMATES
PERIGOSOS
FORAS-DE-
-JOGOTREINADOR6
NÃO UTILIZADOS
Johnsson (12), Nordfeldt
(23), Lustig (2), Holmén
(4), Bengtsson (5), S. Lars-
son (7), Guidetti (11), An-
dersson (19) e Sema (21)TÁTICA
j4x4x00 2
PONTOS ABOLA DE 0 A 10Suécia
INTERVALOAO
1Cancelo 520Olsen 61Anthony
Lopes 612Pepe 73Rúben 74Raphael
Guerreiro 65João Moutinho
7 (73’) j 18
Rúben Neves 58Danilo 613Bruno
Fernandes 611Bernardo Silva 5
(22’) j 17 Gonçalo
Guedes 510João Félix 623C Cristiano
Ronaldo 8 (81’)
j 15 Diogo Jota
57SELEÇÃO A jSUÉCIA-PORTUGAL
Futebol
6Augustinsson
5
Forsberg
6 (79’) j 17
Svanberg —103Helander 418Jansson 416Krafth 420Olsson 5Isak 4 (71’) j 22
Quaison 414c Berg 59Kulusevski 5 (90’)
j 8 Ekdal —15Svensson 313Siiiim, ele é o melhor do
Seleção demorou
cerca de 20 minutos
a encontrar-se. Depois,
não deu hipóteses
pois. A Seleção teve um início titu-
beante, sobretudo nos primeiros 20
minutos sentiu imensas dificulda-
des em ter bola, o meio-campo,
pouco pressionante, nunca, nesse
período, mostrou capacidade para
ganhar as segundas bolas e quan-
do a equipa a tinha perdia-a com a
demasiada facilidade — no banco o
selecionador esbracejava de des-
contentamento e vociferava um
bem audível «estamos muito para-
dos». Essa deficiência no momen-
to de recuperação, aliada a alguma
falta de imaginação e de criativida-
de em ataque organizado — Portu-
gal não construiu, usou e abusou
dos cruzamentos que invariavel-
mente eram desfeitos pelos adver-
sários altos — possibilitou que os
escandinavos, que tinham começa-
do o jogo a todo o gás — Marcus
Berg teve o golo na cabeça logo aos
dois minutos... —, tenham conse-
guido dominar e chegar à frente
com muita gente, porém, sem con-
seguirem criar lances de golo.
Foi o pior período de Portugal, o
tempo que a Seleção demorou a en-
contrar o equilíbrio e, finalmente,
a ameaçar a baliza dos nórdicos.
Primeiro Pepe, depois Ronaldo por
duas vezes — Olsen, que bem o co-
nhece e que em janeiro tinha ido
buscar a bola com a assinatura do
craque três vezes ao fundo da bali-
za do Cagliari, foi enorme — deram
o aviso. E a partir do momento em
que a Suécia ficou reduzida a dez e
o capitão inaugurou o marcador —
foi o seu sétimo golo frente aos es-
candinavos (cinco em Solna!), que,
a par da Lituânia, passaram o ser o
seu melhor cliente —, a equipa na-
cional não mais se desencontrou.FRENTE A DEZ, PORTAS ABERTAS
Esse minuto, fatal para a equipa
de Janne Andersson, escancarou-
-nos as portas para um triunfo mais
do que justo. Portugal marcou dois
golos, mas podiam ter sido, pelo
menos, mais seis. Porque o sele-
cionador sueco quis, então, arris-
car, não mudou a sua estratégia e,S
OLNA — Portugal voltou
a vencer na Suécia em
nova noite de gala de Cris-
tiano Ronaldo, uma vez
mais arrasador no Friends
Arena — é, definitivamente, um dos
seus palcos de sonho! —, com duas
obras de arte desenhadas pelo seu
pé direito, a segunda digna de per-
correr o globo. É, orgulhosamente
para todos nós, o melhor do Mun-
do e o seu nome perdurará para a
eternidade na história do futebol —
e, cremos, terão de passar dezenas
de anos, pelo menos dezenas, para
ver os recordes que já pulverizou
batidos. Ontem, mais uma marca foi
atingida e ultrapassada, os 100 go-
los pela Seleção Nacional e novo
encontro com a história está à dis-
tância de nove golos, suficiente para
se isolar à frente de Ali Daei...
Mas esta Seleção Nacional, sub-
linhe-se, não é apenas o seu capi-
tão. Ronaldo está rodeado de qua-
lidade e talento e é também por isso
que cintila; Fernando Santos, de
resto, tinha-o referido, na véspera,
quando afirmou que nenhuma
equipa é melhor sem o melhor, mas
que mesmo sem CR7 Portugal con-
tinua a ser uma grande equipa. É-
-o, de facto. A verdade é que, e,
cremos, isso é inegável, com ele em
campo a equipa redimensiona-se
para níveis estratosféricos, capaz
de acreditar que pode sempre ven-
cer, mérito igualmente do selecio-
nador que conseguiu incutir nos
jogadores essa capacidade.
INÍCIO MUITO ANSIOSO E DIFÍCIL
O desafio de ontem não foi um
passeio. Adivinhava-se deveras
complicado, e foi-o, mas Portugal,
sem ser coletivamente brilhante,
acabou por conseguir sobreviver,
primeiro, e desmontar a Suécia, de-
Nova noite de gala num estádio que é especial para Cristiano Ronaldo, arquiteto de mais duas obras primas dMas esta
Seleção não é apenas o seu capitão: é mesmo uma grande equipa dEntrada em falso, equilíbrio e triunfo justíssimo
Portugal costuma ter mais
dificuldades perante ad-
versários muito físicos. Janne
Andersson sabia-o e o seu
4x4x2, muito possante na defesa
e no miolo e acutilante à frente,
era teia armadilhada. Mas a dure-
za de Svensson deitou tudo a
perder. Arriscou, refrescou, mas
com menos um era impossível.j
OlsenPeça por peça. Fernando
Santos foi forçado a tirar
Bernardo Silva do jogo
prematuramente e só voltaria a
mexer já no último quarto de
hora. Para refrescar e poupar
minutos a Moutinho e Ronaldo.
O jogo estava perfeitamente
controlado e não era necessário
inventar o que quer que fosse.Nem a troca forçada
atrapalhou a missão
j
CR7 atingiu o 101.º golo
por Portugal. Agora
só precisa de nove para
ultrapassar Ali Daei...
Augustins
sonHelanderJanssonKrafthSvanbergEkdalOlssonQuaisonBergAnthony
LopesJoão
CanceloPepeRúben
DiasRaphael
GuerreiroGonçalo
Guedes
Rúben
NevesDaniloBruno
FernandesJoão
FélixDiogo
JotaSvensson deitou
tudo a perder...
Crónica de
NUNO SARAIVA SANTOS