Revista de Vinhos - Edição 370 (2020-10)

Para a Cave

ESCOLHAS DO MÊS

Espumante Vintage de excelência

Távora-Varosa foi a primeira região portuguesa demarcada para a produção de espumantes

(1989). Na convergência das regiões do Douro e da Beira, os rios Távora e Varosa desaguam no

Douro e marcam a paisagem. Mas a verdade é que a história remonta ao início da nacionalidade.

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Murganheira Vintage

2011

Távora-Varosa / Espumante

/ Sociedade Agrícola e

Comercial do Varosa

—

Cor de ouro velho, com tons

de salmão, animada por bolha

fina. Nariz envolvente e muito

sedutor, com doçura, ligeiro

crème brulée, bolo inglês e

notas alegres de tangerina.

Mousse suave, com acidez

citrina, casca de laranja, notas

minerais intensas. Final longo e

polido. Um grande espumante a

seguir com atenção. CL

24,60€ / 8ºC

Foi a partir de Tarouca, um dos oito conce-
lhos da região vitivinícola de Távora-Varosa,
que os monges de Cister espalharam conhe-
cimento. A história e a experiência foram
demonstrando que a produção de espu-
mantes era um atributo especial que merecia
ser explorado, havendo registos de terem sido
os monges a iniciar a produção de espumante
no século XVII (interessa referir que esta
ordem religiosa estava fortemente enraizada
em Champagne).
Távora-Varosa é uma região com uma
altitude média de 550 metros. Os solos são
essencialmente graníticos areno-argilosos e
o clima é fortemente continental, com verões
quentes e invernos rigorosos. Este cenário
aporta bastante frescura e teores de acidez
que conduzem a excelentes vinhos base para
a produção de espumante.
Na Murganheira, um dos gigantes do país,
a excelência é palavra de ordem. Aqui existem
vinhos em cave por mais de uma década. Este
Vintage 2011, elaborado com base na casta
Pinot Noir, esteve oito anos em estágio, com
bâttonage anual. Apresenta assombrosos 8,2
gr./lt de acidez total e é um vinho que pode
evoluir ainda alguns anos em cave.

Para a

Cav e

32 · Revista de Vinhos ⁄ 370 · setembro 2020 @revistadevinhos