Crusoé - Edição 124 (2020-09-11)

(Antfer) #1

“amigo”. Adriano responde da seguinte forma: “Acertei o conceito. Não detalhamos
ainda a proposta. O Renault estah sabendo que faremos uma proposta de solução
ainda este ano”.


Pouco antes de pedir demissão coletiva por discordar da postura de Augusto Aras em
relação à Lava Jato, os procuradores deixaram escrito no expediente em que
defendiam a abertura de uma apuração no Supremo sobre a relação entre Toffoli e a
Odebrecht que, embora não seja possível, de antemão, atestar a existência de ilícitos,
as mensagens contextualizadas por eles formam um mosaico que aponta para a
necessidade de investigação. Os procuradores observam que, devido ao gigantismo do
acervo obtido a partir da quebra da criptografia do notebook de Marcelo Odebrecht,
novos documentos ainda podem surgir em relação ao assunto.


Léo Pinheiro, da OAS, ao ser preso pela Lava Jato: encontros reservados com
Toffoli

Em outra frente, analisando novos arquivos entregues pelos delatores de outra
empreiteira, a OAS, os procuradores encontraram mais elementos que, no entender
deles, apontam para a necessidade de se abrir uma segunda investigação sobre Toffoli.
Há tempos, desde os primeiros movimentos do ex-presidente da companhia, Léo
Pinheiro, para negociar um acordo de delação premiada com o Ministério Público,
circulavam informações sobre o relacionamento do grupo com o próprio Toffoli e com
familiares do ministro. Quando vazou pela primeira vez a notícia de que Léo Pinheiro
ameaçava contar que pagou uma reforma na casa de Toffoli, a negociação do acordo foi
suspensa pelo então procurador-geral da República, Rodrigo Janot. O assunto voltaria
tempos depois, mas sem a história da casa.


Entre os capítulos de sua delação, Léo Pinheiro limitou-se a falar de uma doação a
José Ticiano, o irmão de Toffoli que foi vice-prefeito de Marília. Ainda assim, essa
parte do relato foi arquivada pela sucessora de Janot na PGR, Raquel Dodge. Acontece

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