O Dia (2020-09-14)

(Antfer) #1

14 SEGUNDA-FEIRA, 14. 9. 2020 I O DIA


OPINIÃO

CRÔNICAS E ARTIGOS


LEANDRO MAZZINI


COLUNA


ESPLANADA


DEPARTAMENTOS:
Agência O DIA: E-mail: [email protected]. Venda de fotos e
textos: 2222-8021, 2222-8560 e 2222-
Fax Diretoria: 2507-
Parque Gráfico: 3891-6000. Av. Dom Hélder Câmara, 164 Ben-
fica Gerência Industrial: 3891-6002 Gerência de Circulação
e Logística: 3891-
Preço de venda em banca: RJ, MG, SP e ES: R$ 1,50 (dias úteis)
e R$ 3 (domingos). Distrito Federal: R$ 3,60 (dias úteis) R$ 4,
(domingos). Demais estados: R$ 4,20 (dias úteis) R$ 5,
(domingos)

Exemplares atrasados: Capital: Preço de capa - Demais loca-
lidades: preço de capa + postagem. Mais informações : Tels: (21)
2222-8086/2222-8136 - Central de Promoções - Av. Dom Hélder
Câmara 164 Benfica, (Parque Gráfico O DIA) - das 9h às 17h.
São Paulo: Avenida Iraí 300 - Sala 306 - Indianópolis. CEP: 04082-


  1. Tels: 11 94704-2393 / 11 99623-7645 / 11 99973-
    Brasília: Tel: (61) 9920-91891.
    Promoções: [email protected]
    Classificados: 2532-5000/2222-8652/2222-8653/2222-8654/
    2222-8655/2222-8656 - De 2ª a 5ª das 9 às 18h e 6ª das 9h às 19h.


Todos os cadernos de classificados somente circulam na cidade
do Rio e no Grande Rio.
Anúncios de Noticiário: 2222-8191 / 2222-8631 / 2222-8388.
Anúncios para o Interior: 2222-8279 - Negociações com agência:
2222-8388 Outros estados:2222-8279- De 2ª a 6ª, das 10h às 18h.
Atendimento ao jornaleiro: 3891-6012 - De 2ª a 6ª, das 8h às 12h
e das 13h30 às 17h.
Editora O DIA LTDA. Rua dos Inválidos 198, 2º andar, Lapa- CEP:
20.231-048 - Rio de Janeiro - RJ.
O DIA é filiado ao Instituto Verificador de Circulação (IVC).

DISQUE REDAÇÃO: 2222-8069 E 98921-1888 ASSINATURA E ATENDIMENTO AO LEITOR: 2222-8600/2222-8650/2222-
EDITOR-CHEFE
Alexandre Medeiros

N (^) Primeiro resultado do calvário judicial-policial da
gestão de Marcelo Crivella (Republicanos) no Rio de
Janeiro: o PRTB vai sair da base do prefeito. O que pa-
rece apenas um movimento simples do partido ‘nanico’,
evidencia entre portas algo mais preocupante para o
alcaide. O distanciamento do Palácio do Planalto. Cri-
vella não contará com o apoio formal do (bem na praça)
vice-presidente Hamilton Mourão na sua campanha.
Só com os afagos, discretos, do presidente Jair Bolsona-
ro. Que até agora não se manifestou - e nem vai - sobre
os problemas do neoaliado na sua terra natal.
Pé na estrada
N (^) Ciro Nogueira, senador
e presidente do Progres-
sistas, percorre o interior
do seu Piauí avisando
que rompeu com o gover-
no petista de Wellington
Dias, após anos de apoio
a Lula da Silva e Dilma
Rousseff.
Mas...
N (^) ...cauteloso, Ciro No-
gueira não crava ainda
que se aproximou forte-
mente do governo de Jair
Bolsonaro.
‘Gourmetizou’
N (^) Marta Suplicy, a histó-
rica petista que ascendeu
a vários cargos na cola de
Lula da Silva, filiou-se ao
PSDB. Mira o governo de
São Paulo ou o retorno ao
Senado em 2022.
Há vaga
N (^) Celso Russomano (Re-
publicanos), nome que
larga sempre forte na dis-
puta em São Paulo, mas
perde fôlego na corrida,
está atrás de um vice. Nin-
guém topou ainda.
Fim do frevo
N (^) A candidatura do federal
Túlio Gadelha morreu na
praia de Boa Viagem, no
Recife. Sem ter a certeza
de que seria candidato do
PDT à prefeitura, fez tudo
errado. Desistiu, e indicou o
enfermeiro e crítico do PSB
Rodrigo Patriota para ser
vice na chapa de João Cam-
pos. Irritou os socialistas,
que não aceitaram o nome.
Entrou na linha o presi-
dente do PDT, Carlos Lupi,
e avisou que encontrará so-
lução que agrade a todos.
Sedex zero
N (^) Nada resolvido numa
audiência de tentativa de
acordo na Justiça do Tra-
balho. Os Correios conti-
nuarão em greve por tem-
po indeterminado.
Pantanal em risco
N (^) O Pantanal sofre com os
maiores incêndios de toda
a História do bioma, mui-
to disso por causa da seca.
Segundo o INPE, a quan-
tidade de focos nos oito
primeiros meses de 2020
equivale ao total dos seis
anos anteriores somados.
MERCADO
Imóvei$
N (^) Na esteira da retomada
do mercado e com o se-
tor aquecido, o presiden-
te do BRB, Paulo Henri-
que Costa, surpreendeu
na live do feirão imo-
biliário Expo Online
Wimoveis e Ademi-DF.
Na contramão dos con-
correntes, vai oferecer
a menor taxa da praça
(6,29% + TR) para quem
comprar durante a feira
virtual. Com seis meses
de carência.
Chapa quente 2
N (^) Mais da briga judicial
entre a Mini Kalzone,
piorneira no setor, e a
Calzoon, que cresceu
forte nos últimos anos e
alvo de ação judicial por
plágio. A Calzoon alega
que tem sua marca regis-
trada no INPI desde 2015
e que a concorrente, que
move a ação, tenta des-
de 2017 a nulidade do
registro.
Cardápio extra
N (^) Alega ainda que a Mini
Kalzone infringiu regras
da Associação Brasileira
de Franchising ao enviar,
para os franqueados da
Calzoon, notícias sobre o
processo. A Mini Kalzo-
ne conseguiu liminar que
barrou a abertura de no-
vas lojas da concorrente.
SÓ BOLSONARO
PERDE A ESQUERDA
N (^) Com Guilherme Boulos em
ascensão em São Paulo – pode
ofuscar o PT nesta eleição – o
Psol perdeu uma oportuni-
dade única de ter candidatos
fortes nas duas maiores ca-
pitais do Brasil e marcar posi-
ção. Rifado no próprio partido,
o deputado federal Marcelo
Freixo, maior nome da esquer-
da no Rio de Janeiro, não vai
disputar a pleito.
O
Fórum Mundial Econômico, em
2016, já havia feito uma previ-
são de que cerca de 40% das
habilidades mais demandadas pela
maioria das ocupações profissionais
deveriam mudar— um reflexo da cha-
mada “quarta revolução industrial”
que intensificou o desenvolvimento da
robótica, da inteligência artificial e da
automação, de uma maneira geral.
Outro fator que contribuiria mui-
to para essa mudança seria o com-
portamento do consumidor, cada
vez mais experimental e empode-
rado de ferramentas de consultas
sobre produtos, serviços e, princi-
palmente, tendências.
Se o futuro do mercado de traba-
lho já prometia muitas mudanças,
a pandemia da covid-19 intensifi-
cou este processo e antecipou a nova
realidade. Diante de tal perspectiva,
não há dúvida de que é necessário
se reinventar. Seja o colaborador,
o líder e/ou a própria organização.
Como bem dizia Charles Darwin:
“não é o mais forte que sobrevive,
N
este momento conturbado
que o Estado do Rio vive, e
sua capital, impressiona a re-
incidência de administradores que
passam pelo Executivo e não deixam
obras a serem lembradas. E a socieda-
de costuma cobrar, criticar e conde-
nar justamente os que fizeram muito,
mesmo que pecando nos métodos.
Longe de justificar o “rouba, mas
faz”, frase surgida em São Paulo pela
pura inveja de um grande realiza-
dor, deve-se lembrar os que passa-
ram em brancas nuvens, numa re-
gião tão carente de iniciativas e de
oportunidades para sua gente. Já
lembramos aqui os realizadores, que
errando aqui ou ali, fizeram, cons-
truíram obras que estão servindo à
população através dos anos.
Mas devemos lembrar que são tó-
xicos os inúteis. No Rio, por exemplo,
não se encontra registro de realizações
de porte nos dois governos Garotinho



  • do próprio e da mulher -, que se limi-
    taram a pequenas obras, necessárias,
    é claro, mas com objetivos eleitorais.
    Antes, Moreira Franco, que havia
    se projetado pelo conjunto de obras
    como prefeito de Niterói, no estado,
    nada mais fez do que política, com re-
    sultados nefastos a ponto de desistir
    de disputar eleições após fracassos
    retumbantes nas tentativas de vol-
    tar à Prefeitura de Niterói e chegar ao
    Senado.
    No Estado, o governador impedido
    nada fez de positivo nos 20 meses de
    gestão. Não disse a que veio e limitou-
    se a manter a estrutura de Segurança
    legada pela intervenção comandada
    pelo general Braga Neto.
    A Prefeitura do Rio, que contou com
    bons nomes nomeados ou eleitos, tam-
    bém tem um elenco de nulidades me-
    nor, como o Júlio Coutinho - que muita
    gente nem lembra que existiu - e agora


Exemplos de nulidades


As novas competências da retomada


André Esteves
Diretor-executivo
do Instituto Cyclus

Aristóteles
Drummond
jornalista

nem o mais inteligente, mas o que
melhor se adapta às mudanças”.
Especialistas tratam o momento
como “Mundo VUCA”, acrônimo em
inglês das palavras que significam vo-
latilidade, incerteza, complexidade
e ambiguidade. Em português VICA,
perfeito retrato do contexto atual. A
volatilidade diz respeito à velocidade
das mudanças, que é constante, não
possui padrão nem prazo; a incerte-
za refere-se à falta de previsibilidade,
presença de dúvidas e indecisões; a
complexidade está relacionada a di-
versas possibilidades de respostas
para uma mesma situação específica;
e a ambiguidade é relativa aos cami-
nhos diferentes que uma só pergun-
ta pode ocasionar. Tempos realmente
complexos. Muitas dúvidas e apenas
uma certeza: tudo vai mudar.
As novas competências deste perío-
do chamado “futuro do presente” já são
conhecidas por nós. Acontece que elas
também tiveram que adaptar-se a esta
nova realidade. Ou seja, ganharam po-
tência e intensidade para melhor aten-
der às novas demandas.
Vejamos um exemplo: a resiliên-
cia. Todos sabemos que se refere à
capacidade de lidar com situações
adversas e imprevistas. Sim, é isso
mesmo. Mas agora esta competência

o atual, que não conseguiu nem termi-
nar direito as obras que encontrou em
andamento, como é exemplo maior a
Avenida Brasil, ainda inconclusa e de
grande importância. Além de ter pro-
vocado polêmicas como tentar desres-
peitar a concessão da Linha Amarela,
lançando desconfianças para a prefei-
tura no mercado e esta de ter formado
uma “tropa de choque” para tentar ta-
par o sol com a peneira. No mais, não
errou, mas não acertou.
Os candidatos devem meditar so-
bre a importância de apresentarem ao
eleitor o que pretendem fazer, mesmo
que num quadro adverso como o que

estamos atravessando. E o governador
que certamente será confirmado, aliar
transparência à cobrança de obras sig-
nificativas de responsabilidade fede-
ral, como os acessos rodoviários à capi-
tal, todos eles congestionados ou com
obras abandonadas.
Para ficar em um simples exemplo, a
capital pede uma nova rodoviária para
atender à região da Barra e à Zona Oes-
te, Bangu ou Campo Grande, cuja po-
pulação por vezes tem de fazer uma se-
gunda, desconfortável ou cara viagem,
para chegar ao destino desejado. Pre-
cisa-se de racionalidade e bom senso.
E nem tudo custa dinheiro publico.

está turbinada. Para o novo contexto
falamos de resiliência evolutiva, ou
seja, precisamos aprender com os de-
safios e ficar melhor que antes.
Outro exemplo clássico: empatia


  • a capacidade de se colocar no lugar
    do outro. Agora é a empatia multi-
    focal, que quer dizer colocar-se no
    lugar dos outros, de forma diversa
    e inclusiva. O desafio ficou bastante
    ampliado.
    Vivemos o tempo de uma compe-
    tência fundamental: a recapacita-
    ção. Conhecida mundialmente como
    “reskilling” significa a construção
    de novas habilidades. É quase uma
    reinvenção de si mesmo, com desen-
    volvimento em tempo real abrindo
    mão das velhas certezas e vivendo
    como um eterno aprendiz. Algo
    revolucionário.
    Este novo cenário requer novas
    habilidades e competências, prin-
    cipalmente das lideranças, para ga-
    rantir que as decisões sejam toma-
    das de forma mais adequada. Visão,
    pensamento crítico, clareza e agi-
    lidade são algumas características
    fundamentais. O futuro é incerto e
    você precisa se antecipar. No pro-
    cesso de mudança há duas condi-
    ções: ou você é a vítima ou agente
    dela. Prefira ser o agente.


ESTEFAN RADOVICZ

Publicada diariamente em 51 jornais de 25 estados, em capitais e interior
Com Equipe DF, SP e PE/ [email protected]. Twitter
@colunaesplanada / Facebook : Coluna Esplanada. Leia mais em odia.com.br

LUCIANO BELFORD

.
Free download pdf