Clipping Banco Central (2020-09-15)

(Antfer) #1

Inflação é maior para o pobre do que para o rico


Banco Central do Brasil

Folha de S. Paulo/Nacional - Mercado
terça-feira, 15 de setembro de 2020
Banco Central - Perfil 1 - IPCA

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Autor: Eduardo Cucolo


São Paulo - A aceleração dos preços de alimentos e
outros produtos essenciais prejudicou as famílias mais
pobres, que registram inflação de 1,53% na sua cesta
de consumo no s oito primeiro s meses do ano.


O preço da cesta das famílias mais ricas, por outro lado,
ficou praticamente estável, com ligeira deflação de
0,07%, por causa da queda nos preços dos serviços. Os
cálculos são do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada).


"Evidencia-se uma pressão altista vinda dos alimentos
no domicílio - que formam o grupo de maior peso na
cesta de consumo das famílias mais pobres - e uma
queda nos preços dos serviços, cujo alívio é bem mais
intenso sobre o orçamento das famílias mais ricas",
afirma a instituição no relatório "Inflação por faixa de
renda - Agosto/2020".


Em agosto, por exemplo, a alta dos alimentos e bebidas
teve impacto de 0,20 ponto percentual para os mais
pobres e de 0,05 ponto percentual na cesta dos mais


ricos. No ano, boa parte dessas altas está concentrada
em itens como arroz (19,2%), feijão (35,9%), leite (23%)
e ovos (7,1%), de acordo com o lpea.

No mesmo mês, a queda nos preços das mensalidades
escolares favoreceu as famílias de maior renda.

De acordo com o instituto, à exceção do segmento de
renda mais alta, todas as demais faixas apresentam
tuna trajetória de inflação em aceleração em 12 meses.

Para os mais ricos, o indicador está em 1,54%; para os
mais pobres, em 3,20%, mais que o dobro. Nas faixas
de renda intermediária, a inflação varia de 2,06% a
2,87% no período.

O estudo divide as famílias em seis faixas de renda.
São consideradas com renda muito baixa aquelas com
menos de R$ 1.650,50 por mês.

É classificada como renda alta aquela maior que R$
16.509,66.

Também o IBGE aponta inflação maior para os mais
pobres. Até agosto, o INPC, que aufere o custo de vida
das famílias com renda até cinco salários mínimos, sobe
1,16%, ante 0,70% do IPCA.

Assuntos e Palavras-Chave: Banco Central - Perfil 1 -
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Perfil 2 - deflação
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