Clipping Banco Central (2020-09-15)

(Antfer) #1

2020, DE OLHO EM 2022


Banco Central do Brasil

O Globo/Nacional - País
terça-feira, 15 de setembro de 2020
Cenário Político-Econômico - Destaques Jornais
Nacionais

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Autor: SÉRGIO ROXO E GUILHERME CAETANO
[email protected] SÃO PAULO


Na reta final do período de convenções partidárias, as
definições das candidaturas e alianças eleitorais nas
capitais têm servido como uma espécie de ensaio do
cenário projetado para a disputa presidencial de 2022.
Apesar dos casos em que a conjuntura local permite
acordos que dificilmente serão repetidos na corrida pelo
Planalto, o quadro mais amplo indica os caminhos que
devem ser traçados pelos partidos que pretendem
enfrentar o presidente Jair Bolsonaro.


As coligações fechadas nas dez maiores capitais do
país apontam para alguns fenômenos: a força da
tradicional aliança entre PSDB e DEM, com a
aproximação do MDB; o afastamento entre PT e
PCdoB; e a parceria entre PSB e PDT como um bloco
alternativo aos petistas na esquerda. Os partidos têm
até amanhã para realizar suas convenções e pode
haver mudanças nas chapas até o registro das
candidaturas, em 26 de setembro.


Aliados históricos, PT e PCdoB só estarão juntos em


Porto Alegre, onde os petistas vão apoiar a comunista
Manuela DÁvila. No Rio, um possível acordo ainda está
sendo negociado. O governador do Maranhão, Flávio
Dino, é apontado como candidato do PCdoB em 2022 e
o PT, apesar de declarações recentes do ex-presidente
Lula, dificilmente abrirá mão de ter um nome na disputa
pelo Planalto.

NOVO BLOCO

O quadro também mostra como PDT e PSB
conseguiram colocar de pé, em parte, o projeto de
aproximação de olho na construção de uma chapa
presidencial encabeçada por Ciro Gomes. As duas
siglas estarão juntas em cinco das maiores capitais. Em
Fortaleza, no Ceará, reduto de Ciro, o PDT terá o
candidato a prefeito José Sarto e o PSB indicou o vice,
Elcio Batista , apesar da aliança contar com outras cinco
legendas, entre elas o PSDB. Em Recife, o candidato do
PSB será o deputado João Campos, filho do ex-
governador Eduardo Campos, e a vice será Isabela de
Roldão, do PDT, que em nome da aliança barrou o voo
solo do deputado Túlio Gadêlha.

Do outro lado do tabuleiro, PSDB e DEM manterão a
parceria histórica em seis capitais, entre elas São Paulo
e Rio, as duas maiores cidades do país. Os tucanos
retiraram a candidatura de Paulo Marinho no Rio e se
uniram ao DEM de Eduardo Paes para disputar a
cadeira de Marcelo Crivella (Republicanos).

Já em São Paulo, o prefeito Bruno Covas (PSDB)
conseguiu atrair para sua chapa não só o DEM, como
também o MDB que ficará com o posto de vice, com o
vereador Ricardo Nunes. Pretendente ao Planalto em
2022, o governador João Doria disse que "após as
eleições deste ano teremos uma indicação mais clara
da força dessa união, que, no plano nacional, integra
PSDB, MDB e DEM". O tucano sonha em encabeçar
uma chapa com as três siglas.

Os três partidos estão juntos em apenas mais uma
capital: Salvador. A coligação na capital baiana, porém,
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