Clipping Banco Central (2020-09-15)

(Antfer) #1

Editorial Econômico - Desemprego na OCDE diminui, mas ainda é alto


Banco Central do Brasil

O Estado de S. Paulo/Nacional - Economia
terça-feira, 15 de setembro de 2020
Cenário Político-Econômico - Colunistas

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O desemprego, efeito econômico-social mais notável da
pandemia de covid-19, começa a arrefecer nos países
ricos. Embora continue alta, especialmente nos Estados
Unidos, a taxa de desemprego está diminuindo nos
países da Organização para Cooperação e
Desenvolvimento Econômico (OCDE). Em julho, a taxa
baixou para 7,7%, ante os 8,0% de desempregados em
junho. Apesar da redução, a taxa continua 2,5 pontos
porcentuais maior do que a de fevereiro, antes de a
pandemia atingir duramente o mercado de trabalho em
todo o mundo.


O desempenho é bastante diversificado entre os países
que fazem parte da organização. Na Zona do Euro, por
exemplo, ele vem aumentando ininterruptamente desde
abril. Mas o aumento é lento, pois alcançou 7,9% em
julho e tinha sido de 7,7% em junho e de 7,3% em
fevereiro. Está apenas 0,6 ponto porcentual acima do
nível de antes da pandemia.


Nas sete maiores economias do mundo, a variação foi
de 4,1% em fevereiro para 7,4% em julho, bem mais
intensa do que a observada na média de todos os
países da OCDE. Essa discrepância foi provocada pela


evolução do emprego nos Estados Unidos, a maior
economia do mundo.

Oscilações muito mais amplas do que a dos países
europeus vêm sendo observadas no mercado de
trabalho norte-americano (e também no canadense). A
taxa de desemprego nos EUA subiu de 3,5% em
fevereiro para 14,7% em abril, no auge do impacto da
pandemia. Desde então, vem caindo, mas ainda
continua muito alta, de 10,2% em julho, quase o triplo
da observada no início do ano.

Além da diversidade do impacto da pandemia sobre o
mercado de trabalho por país e por região, há diferença
também de seu efeito negativo sobre o emprego de
acordo com a idade dos trabalhadores. Já prejudicados
em condições normais, os trabalhadores jovens (de 15 a
24 anos) foram mais atingidos pelo desemprego do que
os trabalhadores com mais de 25 anos. A taxa de
desemprego entre os jovens passou de 11,7% para
17,7% entre o primeiro e o segundo trimestres deste
ano, enquanto a dos demais trabalhadores variou de
4,6% para 7,3%.

Nos países não filiados à OCDE, a covid-19 agravou
outros problemas que afetam o mercado de trabalho,
entre os quais a informalidade, a baixa qualificação da
mão de obra e dificuldades de crescimento econômico.

Assuntos e Palavras-Chave: Cenário Político-
Econômico - Colunistas
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