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Banco Central do BrasilCorreio Braziliense/Nacional - Economia
quarta-feira, 16 de setembro de 2020
Cenário Político-Econômico - ColunistasClique aqui para abrir a imagemAutor: Amauri Segalla
Bons ventos para os portos brasileirosPoucos
indicadores são tão precisos para sinalizar a
temperatura da economia quanto a movimentação de
cargas nos portos. Nesse aspecto, há motivos para
otimismo. Em julho, segundo dados da AT&M, empresa
de seguros de transporte, o volume que passou por
todos os portos do país foi 7% superior em relação ao
mesmo mês do ano passado. O Porto de Santos, o mais
movimentado do Brasil, foi além. De acordo com a
administradora SPA, os 13,4 milhões de toneladas
transportadas em julho quebraram um novo recorde
histórico, superando a marca obtida em abril de 2019.
Não é só. Em Santa Catarina, o Porto de Imbituba
comemorou a alta de 12,7% no total de cargas
movimentadas em agosto diante de igual período de
- Segundo o mercado, o reaquecimento se deve ao
agronegócio (que jamais decepciona) e ao
fortalecimento do comércio eletrônico durante a
pandemia. Com o retorno das atividades, a expectativa
é melhorar os números até o final do ano.
"Quem não promover ações contra o racismo e a
diversidade não vai ter cliente. Durante a pandemia, os
clientes tomaram mais conhecimento sobre essas
desigualdades e estão exigindo ações das
empresas"Luiza Trajano, presidente do conselho de
administração do Magazine LuizaTítulos verdes entram no azulO mercado brasileiro de green bonds, como são
chamados os títulos verdes emitidos para o
financiamento de projetos sustentáveis, está em alta.
Em 2019, eles movimentaram US$ 1,2 bilhão no país,
quase seis vezes mais que no ano anterior (US$ 209
milhões), segundo dados da certificadora inglesa
Climate Bonds Initiative. Desde 2015 e até agosto de
2020, o Brasil celebrou 50 emissões sustentáveis, que
totalizaramUS$ 8,1 bilhões. No mundo, foram US$ 260
bilhões, 50% acima do montante de 2018.Uma mordida de US$ 2 bilhõesA Kraft Heinz, gigante de
alimentos que tem entre os controladores o brasileiro
Jorge Paulo Lemann e o americano Warren Buffett, tem
sofrido com a mudança de hábitos de consumo. A
empresa perdeu espaço com o movimento da
sociedade que valoriza produtos mais saudáveis, mas
agora tenta se recompor. Uma das estratégias é lançar
um rigoroso plano de reestruturação, que incluirá o corte
de US$ 2 bilhões em custos no prazo de cinco anos. No
segundo trimestre, a empresa perdeu US$ 1,6 bilhão.Como ficará o Ibovespa no final do ano?Apesar dos percalços, o mercado financeiro continua
confiante na recuperação econômica. Uma pesquisa
realizada pelo americano Bank of America com gestores
da América Latina constatou que metade deles prevê
que o Ibovespa, o principal índice da bolsa brasileira,
chegará, no final de dezembro, aos 110 mil pontos, o
que representaria uma valorização de 10% em relação
ao nível atual. No mesmo estudo, 72% dos pesquisados
disseram que o PIB do Brasil terá uma retração superior