Clipping Banco Central (2020-09-17)

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O Globo/Nacional - Rio
quinta-feira, 17 de setembro de 2020
Cenário Político-Econômico - Colunistas

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Evangélica e ponto


Não sou "terrivelmente evangélica". A "bancada
evangélica" não me representa. Sou "presbiteriana",
igreja tradicional, como são as igrejas presbiteriana
independente, batista, metodista, luterana. Peço que
deem "nome aos bois", pois não fazemos parte desses
evangélicos devedores. Não coloquem todos os cristãos
no mesmo saco.


Que Deus os abençoe! ROSEMARY CAMPAGNUCI
JUIZ DE FORA, MG


Reflexão


Acabei de completar 79 anos. Apesar de minha
consciência tranquila, vejo com preocupação a trilha a
ser percorrida por netos e netas, com a desigualdade, a
intolerância e o egoísmo se sobrepondo à razão e à
empatia. A família, único alicerce insubstituível à
formação do caráter, está sendo dizimada pela
ganância. A lei do "salve-se quem puder" se alastra. Os
bons exemplos sempre inibem comportamentos nocivos
e desprezíveis, e é exatamente por isso que minha


reflexão é conflitante. De onde esperamos os exemplos
e comportamentos dignos de serem seguidos, só nos
chegam exatamente o contrário.

JORGE TOMAZ DE REZENDE SÃO JOSÉ DOS
CAMPOS, SP

Miguel Torga atual

Revendo livros em minha biblioteca, deparei-me com
um diário do poeta (e médico) português Miguel Torga,
onde ele escreveu em 14 de setembro de 1977: "é uma
tristeza verificar que a política se faz na praça pública
com demagogia e nos bastidores com maquinações: e
mais triste ainda concluir que não pode ser de outra
maneira, dada a natureza da condição humana, que
nunca soube distinguir o seu egoísmo do bem comum e
vende a alma ao diabo pela vara do mando. A ambição
do poder não olha meios, pois todos lhe parecem
legítimos, se eficazes. E teve e terá sempre uma
máscara cativante para afivelar nas tribunas cívicas e
um baralho viciado para jogar nos corredores do
Senado". Mais atual, impossível!

AUGUSTO H. XAVIER DE BRITO RIO

Ditadurinhas

Aqui arrotamos democracia sem nos darmos conta de
que estamos vivendo, ao mesmo tempo, três
ditadurinhas fajutas, melindrosas e festivas: a do poder
Executivo, a do Legislativo e a do Judiciário. Aqui, cada
Poder faz o que quer: manda, rouba, faz intriga, puxa o
tapete um do outro e, por fim, ninguém respeita mais
ninguém e, tampouco, vai ou fica preso. 0 povo pasmo,
impotente e acuado ignora e abandona o seu próprio
poder. Resultado, após décadas perdidas, o país hoje
está reduzido à agricultura e à pecuária, seguindo à
matraca, sem comando e ladeira abaixo.

EDUARDO DE BRAGA MELO NITERÃ"I, RJ

Ponta-cabeça
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