Clipping Banco Central (2020-09-17)

(Antfer) #1

Auxílio será mais restrito


Banco Central do Brasil

Correio Braziliense/Nacional - Economia
quinta-feira, 17 de setembro de 2020
Banco Central - Perfil 2 - TCU

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Autor: MARINA BARBOSA


Enquanto decide como vai apoiar os brasileiros de baixa
renda a partir do próximo ano, o governo federal
também faz ajustes no auxílio emergencial. A ideia é
pagar o novo valor de R$ 300 a partir de hoje, mas só
para quem ainda precisa de ajuda pública. Por isso, o
Executivo está reanalisando os dados de todos os 67,2
milhões de brasileiros que receberam os R$ 600 nos
últimos meses, e técnicos calculam que até 6 milhões
de pessoas podem deixar de receber o benefício.


Oficialmente, o governo não confirma o corte de 6
milhões de pessoas da lista de beneficiários do auxílio
emergencial. Porém, admite que menos brasileiros
serão contemplados pelos R$ 300. A revisão cadastral
já estava prevista na medida provisória que estendeu o
auxílio, nesse valor, até o fim do ano. A MP determina,
por exemplo,que ficará de fora quem conseguiu um
emprego ou outro benefício do governo ao longo da
pandemia, ou a pessoa que tem renda familiar mensal
per capita acima de meio salário mínimo(R$522,50).


O Ministério da Cidadania, que é o gestor do programa,


informou que a MP tem como pilares a proteção social e
econômica aos mais vulneráveis, mas, também, tem o
compromisso com a responsabilidade fiscal que foi
construída com base em aperfeiçoamentos sugeridos
pela Controladoria-Geral da União (CGU) e pelo
Tribunal de Contas da União (TCU), que constataram
uma série de fraudes e pagamentos irregulares no
auxílio emergencial.

“No momento, as equipes da Dataprev e do Ministério
da Cidadania trabalham na finalização das novas regras
de processamento definidas pela Medida Provisória
1.000, de 2 de setembro de 2020, que trouxe requisitos
adicionais para concessão do Auxílio Emergencial,
reforçou a Dataprev, que faz a análise dos dados
cadastrais.

Secretário especial adjunto da Fazenda do Ministério da
Economia, Gustavo Guimarães já havia mencionado a
redução do número de beneficiários.Ele ainda lembrou,
no início deste mês, que nem todos os aprovados na
revisão cadastral vão receber as quatro parcelas de R$
300, pois, segundo a MP, o pagamento só vai até
dezembro. Quem recebeu aprimeira parcela dos R$ 600
emabril e ficaria sem nada neste mês,portanto, vai ter
acesso às quatroparcelas de R$ 300. Já quem
foiaprovado em julho e tem parcelasde R$ 600 para
receber até novembro só vai receber uma parcela de R$
300 em dezembro.

É por isso que o ministério calcula que o custo do
auxílio emergencial será 67% menor do que oobservado
nos últimos meses. Apasta considera um impacto fiscal
de R$ 67,6 bilhões até dezembro — valor que reduz de
R$ 51,5bilhões para R$ 16,9 bilhões ocusto mensal do
auxílio.

Muitos brasileiros de baixarenda que contaram com o
apoiodos R$ 600 nos últimos meses temem, contudo, o
resultado e oscritérios dessa análise
cadastral.Especialistas também demonstram receio.
“Seis milhões é umnúmero exagerado, porque
omercado de trabalho e a concessão de benefícios até
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