Clipping Banco Central (2020-09-17)

(Antfer) #1

Posse de ministro tem crítica ao isolamento social


Banco Central do Brasil

O Estado de S. Paulo/Nacional - Metrópole
quinta-feira, 17 de setembro de 2020
Banco Central - Perfil 1 - Paulo Guedes

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Autor: Marlla Sabino Emilly Behnke /Jussara Soares /
João Prata


Após 122 dias na condição de interino, o general
Eduardo Pazuello tomou posse ontem como ministro da
Saúde e disse na cerimônia que o mote "Fique em
Casa" não era o melhor remédio para o tratamento do
coronavírus. Na mesma linha, o presidente Jair
Bolsonaro usou a solenidade, no Palácio do Planalto,
para defender suas decisões na condução da crise da
covid-19, que contrariaram orientações de autoridades
sanitárias em todo o mundo.


Bolsonaro pregou novamente o uso da cloroquina,
criticou o isolamento social e governadores que
adotaram a quarentena, além do ex-ministro da Saúde,
Luiz Henrique Mandetta. O slogan "Fique em Casa" foi
criado na gestão de Mandetta, demitido em abril, após
vários embates com o presidente.


Pazuello é o 3° titular da Saúde da gestão Bolsonaro.
Passou a comandar a pasta após a saída do médico
Nelson Teich, que ficou menos de um mês no cargo, e
da demissão de Mandetta. Ontem, ele não quis dizer se


vai passar para a reserva do Exército. "Reserva é uma
possibilidade, não uma obrigação." A presença de um
militar da ativa em postos do primeiro escalão do
governo gera incômodo entre integrantes das Forças
Armadas.

Em seu primeiro discurso após ser efetivado como
ministro, Pazuello pregou a necessidade de diagnóstico
precoce no tratamento de pacientes de coronavírus e
disse que as pessoas não deveriam ficar em casa
"esperando a falta de ar".

O ministro afirmou que o "Fica em Casa" não era o
melhor remédio. "O aprendizado, ao longo da pandemia,
nos mostrou que quanto mais cedo atendermos os
pacientes, melhor. O tratamento precoce salva vida. Por
isso, temos falado dia após dia: 'Não fique em casa
esperando falta de ar. Procure um médico logo após os
primeiros sintomas", destacou Pazuello, ao assegurar
que o governo está "preparado" para enfrentar o
período posterior à pandemia.

Conforme o ministro, o governo avalia várias vacinas, e
não só a produzida pela Universidade de Oxford e a
AstraZeneca, que têm acordo com o governo. "Não
medimos esforços na busca da vacina. Uma vacina
segura e comprovadamente eficaz o mais rápido
possível e para todos os brasileiros", disse Pazuello,
que voltou a prever o início da vacinação em janeiro,
embora os testes do imunizante ainda estejam em
andamento. Ele também disse que ainda não há uma
estratégia fechada de vacinação.

Bolsonaro, por sua vez, disse que a pandemia poderia
ter sido tratada de forma diferente e criticou o
fechamento do comércio e das escolas. "Não sou
palpiteiro, converso com meus ministros e, na maioria
das vezes, de forma reservada, onde procuramos nos
acertar. Com o ministro da Saúde anterior nada foi
resolvido nas nossas conversas. Aprendi que pior que
uma decisão mal tomada, é uma indecisão", afirmou.

Foi nesse momento que Bolsonaro citou divergências
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