Clipping Banco Central (2020-09-17)

(Antfer) #1
coluna do broadcast - Bradesco vende R$ 800 mi em crédito podre a
rivais

Banco Central do Brasil

O Estado de S. Paulo/Nacional - Economia
quinta-feira, 17 de setembro de 2020
Cenário Político-Econômico - Colunistas

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O Bradesco vendeu ontem uma carteira de crédito
vencido, conhecida como "crédito podre", de valor de
face de R$ 800 milhões. Foi por meio de um leilão em
lotes e, ao final, a Return Capital, empresa de
recuperação de crédito do Santander, abocanhou mais
da metade do total. O restante foi dividido entre a
Recovery, do Itaú Unibanco, e a Ativos, do Banco do
Brasil. A venda foi relativa a cartões de crédito de
pessoas físicas, como os que a instituição tem junto a
empresas como Losango e lojas de departamento. A
última venda desse tipo de carteira foi realizada em
março, antes da pandemia, e agora há uma indicação
de retomada desse mercado. Procurado, o Bradesco
disse que foi um "processo natural de venda de
carteira". Return, Recovery e Ativos não comentaram.


» Gira, gira. O mercado de crédito podre,
historicamente, tem uma conotação negativa no Brasil,
mas faz parte do ciclo de vida do crédito, tendo um
efeito positivo no seu custo. Do lado do banco, a venda
pode reverter a provisão feita para a proteção contra
calotes, liberando recursos para novas operações.


» Provento. A Minerva Foods pretende usar metade dos
US$ 200 milhões da operação de venda de 25% da
Athena Foods, unidade latinoamericana da companhia
brasileira, para a distribuição de dividendo
extraordinário. Com essa possível ven- da e o ingresso
recente de R$ 400 milhões por meio do aumento da
participação da Saudi Agricultural and Livestock
Investment Company (Salic), gestora ligada ao reino da
Arábia Saudita, a perspectiva é de que a alavancagem
da Minerva caia para 1,8 vez. Com a distribuição de
dividendos, essa relação ficaria próxima a 2,0 vezes. A
alavancagem corresponde à relação entre dívida líquida
e a geração de caixa medida pelo Ebitda. Normalmente,
as companhias buscam um ponto ótimo para evitar
comprometer o retorno aos acionistas (quando muito
baixa) ou elevar as despesas financeiras (quanto muito
alta).

» Na gaveta. A proposta depende da conclusão do
acordo da venda da participação para um grupo de
investidores com experiência na área de alimentos na
América Latina. Uma carta de intenções foi assinada, e
o negócio será analisado nas próximas três semanas. A
distribuição de dividendos extraordinários também tem
de passar pelo crivo do conselho de administração da
companhia de carnes.

» Ruim e bom. A Minerva tinha intenção de levar a
Athena Foods para a Bolsa em 2019, mas acabou
deixando o plano para trás por conta da piora dos
mercados à época. Agora, uma das condições do
acordo de venda da participação é a listagem de suas
ações na Nasdaq. A Athena foi avaliada em US$ 1,5
bilhão. Pro- curada, a Minerva não comentou.

» Tá na mesa. A Amec, associação de acionistas
minoritários que reúne aproximadamente 60
investidores com R$ 700 bilhões na Bolsa brasileira, vai
se debruçar sobre mais um assunto polêmico: a compra
da marca Klabin da família Klabin. Minoritários, com o
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