Clipping Banco Central (2020-09-17)

(Antfer) #1

Gestão pública de 13 Estados fica mais ineficiente


Banco Central do Brasil

O Estado de S. Paulo/Nacional - Economia
quinta-feira, 17 de setembro de 2020
Banco Central - Perfil 1 - Produto Interno Bruto

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Autor: Guilherme Guerra Thaís Barcellos


Na mira da reforma administrativa, a máquina pública
de doze Estados e do Distrito Federal se tornou mais
ineficiente, segundo a nova edição do Ranking de
Competitividade dos Estados. Esse desempenho é
medido por índices como o de oferta de serviços digitais
e de transparência. O ranking, que será divulgado hoje,
é elaborado pelo Centro de Liderança Pública (CLP),
pela Economist Intelligence Unit e pela Tendências
Consultoria Integrada.


O caso do DF é emblemático: de líder no ano passado,
caiu para 14.0 em eficiência. Na lanterna, Roraima e
Piauí perderam duas colocações. Santa Catarina
ganhou destaque positivo, saltando seis lugares e se
estabelecendo em primeiro colocado.


De acordo com o CLP, o quesito de eficiência da
máquina pública trouxe mudanças na sua composição
com a inclusão de três novos indicadores: Qualidade da
Informação Contábil e Fiscal, Produtividade dos
Magistrados e Servidores do Judiciário e Oferta de
Serviços Públicos Digitais. Junto a eles estão o custo


dos Três Poderes em relação ao Produto Interno
Bruto (PIB), a Eficiência do Judiciário e o Índice de
Transparência.

O chefe de Competitividade do CLP, José Henrique
Nascimento, explica que o DF costuma se beneficiar
nessa categoria, mas a inclusão dos novos indicadores
deu mais clareza à avaliação. O ente tem baixa
qualidade em informação contábil e fiscal (22.0) e
desempenho mediano em oferta de serviços digitais
(14.0). "O DF é o menos comparável no contexto
brasileiro devido às menores responsabilidades
administrativas. É um ente federativo minúsculo com
riqueza gigantesca. Deveria ser o mais avançado", diz.

Em outro pilar, de Solidez Fiscal, o ranking mostra que,
além de ineficiente, a máquina é cara, reforçando as
discussões em torno da reforma administrativa. No
Brasil, em média, 64% da Receita Corrente Líquida
(RCL) está comprometida com o funcionalismo, ativo ou
inativo. O Rio Grande do Norte é o campeão de gastos
brutos, com 83% da RCL. Já o Espírito Santo, líder na
categoria de Solidez Fiscal, tem a folha mais enxuta,
com cerca de 50%. O Rio Grande do Sul continua na
última colocação.

O Ranking de Competitividade dos Estados 2020 é a
9.a edição do levantamento. Com 73 indicadores
separados em 10 pilares, o objetivo é gerar diagnósticos
para ajudar na tomada de decisões de políticas
públicas. "O material serve para dar suporte para ver o
que precisa ser destravado e para criar políticas
baseadas em evidências", explica Tadeu Barros, diretor
de operações do CLP.

Além desses os outros pilares são Segurança Pública,
Sustentabilidade Social, Infraestrutura, Educação,
Capital Humano, Inovação, Potencial de Mercado e
Sustentabilidade Ambiental.

Este ano, o ranking trouxe poucas novidades na
classificação geral. São Paulo segue como o mais
competitivo, seguido de Santa Catarina e Distrito
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