Clipping Banco Central (2020-09-17)

(Antfer) #1
Banco Central do Brasil

O Estado de S. Paulo/Nacional - Política
quinta-feira, 17 de setembro de 2020
Cenário Político-Econômico - Colunistas

vida de Salgado. Um era a sua ligação com o banqueiro
Alfredo Egydio de Souza Aranha, fundador do Banco
Federal de Crédito, embrião do atual Itaú Unibanco, que
foi uma espécie de mecenas para ele e pagou as
despesas de sua viagem à Europa, quando se
encontrou com Mussolini. O outro, a leitura de seus
poemas na Semana de Arte Moderna de 1922, quando
reforçou sua relação com os poetas Menotti Del Picchia
e Cassiano Ricardo, com quem criaria o Movimento
Verde-Amarelo, que permaneceram seus grandes
amigos até a sua morte.


Estado mínimo. A ligação do integralismo e do fascismo
com o bolsonarismo é tratada apenas no início do livro e
no capítulo final, sem que o autor chegue a uma
conclusão definitiva. Em resposta à pergunta "Bolsonaro
é fascista?", Doria responde: "Depende de como se
define a palavra fascista. É a única resposta possível".


Nas primeiras passagens da obra, porém, Doria afirma
que "os afetos do bolsonarismo são fascistas". Também
diz que Bolsonaro e sua tropa de choque formam um
movimento de "extrema direita", porque "não há forças à
sua direita no Congresso". Por outro lado, afirma que
"Bolsonaro foi eleito" e que "esta não é uma diferença
irrelevante". Diz ainda que "buscar o Estado mínimo e
promover o fascismo são incompatíveis" e que "o
liberalismo defendido por (Paulo) Guedes (ministro da
Economia) é uma ideologia de destruição do Estado que
tem por objetivo impedir que ele se torne fascista".
Talvez, em meio à polarização predominante neste
campo hoje no País, ficar "em cima do muro" seja um
avanço.


FASCISMO À BRASILEIRA


Autor: Pedro Doria


Editora: Planeta, 280 páginas, R$ 51,90 e R$ 39,90 (e-
book)


Assuntos e Palavras-Chave: Cenário Político-
Econômico - Colunistas, Banco Central - Perfil 1 - Paulo
Guedes

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