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m 1971, PLACAR pôs frente a frente Pelé e Afonsinho. O Rei e o jovem barbudo, polêmico ata-
cante que despontava no futebol, debateram formas de melhorar as condições de trabalho dos
jogadores profissionais. Onze anos depois, a revista reuniu, no Rio, os dois maiores craques da
nossa história, o camisa 10 e o camisa 7, ele e Garrincha. Juntos em campo, jogando com a ca-
misa da seleção brasileira, eles nunca perderam uma única partida. Vestidos com o antigo uni-
forme canarinho da CBD, os dois se emociona-
ram, reclamaram da baixa qualidade do jogo
naquele início dos anos 1980 e fizeram planos para o futuro.
Em 1998, às vésperas da Copa do Mundo da França, a revista
convidou Tostão para escrever sobre o companheiro do tri. O
camisa 9 no México relatou a humildade do velho amigo e, ele-
gante como sempre, bom de bola e bom de escrita, não teve dú-
vida em afirmar que, mesmo ganhando muitos títulos e con-
tando com uma exposição exponencialmente maior na impren-
sa, era impossível um novo craque superar Pelé no panteão do
futebol. Nas próximas páginas, PLACAR oferece uma seleção
dos melhores momentos daquelas três publicações. Elas ajudam
a entender um pouco melhor quem foi Pelé aos olhos de seus
companheiros de vitórias e derrotas.
RODOLPHO MACHADO
PL ACAR reuniu o Rei e antigos companheiros para relembrar o passado,
mas também para ajudar a sonhar o futuro do futebol brasileiro
E
PARCEIROS
NO CAMPO E
FORA DELE
“Entre uma música e
outra – eu me arrisquei no
violão, ele no cavaquinho –
lembramos de quando
formamos uma dupla
imbatível na seleção.
Infelizmente, no ano
seguinte Mané se foi.”
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