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consumidores americanos da plataformaDis-
ney+. Em umadecisãoinédita, aDisney de-
cidiu lançarMulandiretamente em seu canal
de streaming,que só estarádisponível parao
público do Brasilemnovembro.Além do va-
lor de US$ 6,99pela mensalidade, oespecta-
dorque quiser conferir anova versão da ani-
mação,sucessoem1998, tem de desembolsar
maisUS$29,99.OdesempenhodeMulan
poderáajudararesponder àperguntaque o
mercado audiovisual se faz desdeoinícioda
pandemia: ovídeo sob demandaestá destina-
do asubstituirocinema?
Em quatro dias,Mulanfoi vistopor 1,1
milhãode assinantes apenasnos EUA, che-
gando aarrecadarUS$ 33,5 milhões. Os dados
são da SambaTV,empresa especializada em
métricas de televisãoestreaming. Em março,
aDisney havia projetado amarca de US$80-
90 milhões de bilheteria para ofim de semana
de estreia nos cinemasamericanos. Masisso
não significa que oestúdiosaiu perdendo:pe-
las regrasdo mercado,aempresa ficaria com
50% do montante alcançadocom avendados
ingressos tradicionais (entre US$ 40 eUS$ 45
milhões),cedendoaoutra metadeaos exibi-
dores. Já comolançamento em sua própria
plataforma,aDisneypodeembolsar integral-
mente seus quaseUS$ 34 milhões. Ou seja,na
ponta do lápis, odesempenhoinicial deMu-
lanna plataforma poucoficoudevendo asua
natimorta carreira nas salasdos EUA.
Obom retornofinanceiro apresentado
pelofilme,no entanto,aindanão égarantia
de que todosos lançamentosemplatafor-
masde streaming terãoomesmodestino.
Desdejunho,cinemasao redordo mundo vêm
reabrindosuas portascom protocolosespecíficos
de operação,mas seguindoas regrasde
distanciamento dentro das salas,obrigatoriedade
do uso de máscaraseproibiçãodo consumo
de alimentos ebebidasdurante as sessões
YIFANDING/GETTYIMAGES
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