O instituto sempre me pedia para participar das discussões e debates que
promovia. Eu era um deputado de primeiro mandato com boa retórica, tinha
muita leitura, então participei de eventos no Brasil e também no Panamá, na
República Dominicana. Depois me elegi deputado para o Mercosul e comecei
a tomar parte em discussões políticas da América do Sul. Tudo com o aval do
Aleluia. Fiz contato com fundações internacionais que tinham parceria
conosco e cheguei a ser o vice-presidente do Instituto Liberdade e Cidadania
na gestão dele.
Em 2014, o Aleluia se elegeu deputado federal, e, durante o mandato
(2015-2019), continuamos juntos no instituto. E nos demos muito bem. Ele é
um homem culto, vivido, experimentado no funcionamento da máquina
pública, tido por todos como um intelectual — o que de fato é. Foi aliado do
ACM, que tinha essa característica de saber fazer alianças e escolher a dedo
qual briga se deve comprar e qual se pode evitar.
Dentro do Liberdade e Cidadania, desenhei com o Aleluia a tese de que,
com a saída da Dilma, o PMDB teria a presidência da República e não poderia
continuar com a Presidência da Câmara. Porque não é bom um partido só ter
a presidência da República e da Câmara. Tem que partilhar poder com
aliados no Congresso para garantir governabilidade, apoio a projetos. Não
seria bom ter Michel Temer na presidência e Eduardo Cunha na Câmara,
ambos do MDB. É incompatível.
Disse a Aleluia que o PSDB estava indo para os ministérios de Temer, e o
Cunha estava indicando o Rogério Rosso, do PSD, que representava o centrão
fisiológico. Os deputados desse grupo vinham todos com as facas e dentes
afiados para cima da presidência da Câmara.
Lancei a tese para o Aleluia de que, se ele tivesse o apoio do PSDB na
disputa pela presidência da Câmara, teria o apoio dos ministérios; se tivesse o
do PMDB, teria apoio da presidência da República, e só bastaria a ele ter o
antfer
(Antfer)
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