Bolsonaro. Assim, acabei me tornando o fiador dele nessa matéria. E foi o
Onyx que fez aquilo.
Um dia, eu estava no Rio de Janeiro e o Onyx me pediu cinco ou seis
sugestões de ações para colocar no plano de governo do Bolsonaro. Fiz a lista
e mandei para o e-mail do Abraham Weintraub. Ficava tudo centralizado no
e-mail dele. O programa do Bolsonaro era bem simples, organizado em
poucos tópicos, claramente não havia ninguém da área de saúde pública por
trás daquilo. Fiz uma série de sugestões, organizei um pouco: atenção
primária, atenção especializada, prontuário eletrônico universal. Não ficou
bom, mas ficou menos ruim do que estava. E essa foi basicamente a minha
participação na campanha.
Como eu tinha decidido não ser candidato a deputado federal, não queria
mais aquela vida de Brasília, fui analisando as campanhas e percebi que as
únicas que eu iria ajudar eram a do então candidato ao Senado Nelson Trad,
no meu estado, e a do Ronaldo Caiado, em Goiás — para onde fui para ajudá-
lo a reunir médicos e agentes comunitários.
Em agosto, encontrei com o Bolsonaro em Brasília durante uma sessão no
período pré-eleitoral. Como eu não era candidato, ele e Felipe Francischini
perguntaram se eu poderia ajudar na preparação para os debates que estavam
por vir. Eu precisaria formular as perguntas, réplicas e tréplicas que ele
dirigiria a cada candidato em todos os cenários possíveis e de acordo com as
regras de cada debate. Topei. Minha decisão de embarcar na campanha do
Bolsonaro foi uma escolha por exclusão. Eu não iria votar no Geraldo
Alckmin, não achei que o João Amoedo fosse viável e não iria votar no PT
em hipótese nenhuma. Então sobrou votar no Bolsonaro.
O encontro para tratar dos debates ficou para um final de semana, e
perguntei para o Bolsonaro quando ele iria para Campo Grande. Ele disse que
tinha feito o Sul, que São Paulo e Rio de Janeiro já estavam consolidados, e,
antfer
(Antfer)
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