estava a situação no restante da China, e a resposta era: está tudo bem. Como
está em Pequim? A resposta: Pequim tem cem casos, não estão preocupados
com Pequim. Há várias outras cidades de 12, 10 e 5 milhões de habitantes na
China, então insistíamos: alguma está tendo problemas com o novo
coronavírus? A resposta era a mesma: não, só falam de Wuhan. Isso reforçou
a ideia de que se tratava de um vírus com baixa transmissibilidade.
Um vírus respiratório se espalha pela proximidade das pessoas e é
transmitido no tumulto do sistema público de transportes, nos cinemas e
teatros lotados, nos restaurantes com mesas coladas, nos bares onde clientes
ficam muito próximos. A China era ideal para que se alastrasse, mas, ao que
parecia, isso não estava acontecendo.
De repente, começou a aparecer um caso aqui, outro ali. Com o bloqueio
em Wuhan, algumas pessoas fugiram e levaram o vírus a outros lugares.
Ainda assim, segundo os dados que recebíamos da OMS, a doença não estava
se alastrando. Então deduzimos que poderíamos controlar a transmissão com
bloqueio, ou seja, isolando os infectados. Foi essa a mensagem que
recebemos.
- No Jornal da Manhã, Jovem Pan. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?
v=ocO_X8e04iw.