Luiz Henrique Mandeta - Um Paciente Chamado Brasil

(Antfer) #1

secretário-executivo do ministério, ministro interino em 2016 (e antes, entre
2006 e 2007) e diretor da Anvisa. Na época da transição, liguei para ele e
perguntei se toparia encarar o desafio. Mas ele disse que desconfiava muito
do governo Bolsonaro e temia que os apoiadores e militantes virtuais do
presidente o expusessem por ter ocupado cargos na Saúde durante os
governos de Lula e Dilma. Pedi uma dica. Álvares, então, apontou o
Wanderson para o cargo. “O Wanderson da Zika? Claro”, prontamente
respondi.
O Wanderson foi o último secretário que chamei para compor a equipe.
Corria o risco de eu chegar ao primeiro dia de trabalho e ter uma pessoa de
carreira respondendo provisoriamente pela Vigilância em Saúde — e eu não
queria isso. Liguei para o Wanderson no dia 28 de dezembro de 2018, a posse
foi no primeiro dia de janeiro de 2019. Wanderson estava voltando das férias,
em Minas. Ele foi até a minha casa, fiz o convite e ele topou na hora.
Consegui achar alguém competente e de centro para um dos cargos vitais da
minha pasta.
O Wanderson foi tão importante que o escolhi como o terceiro da
hierarquia do Ministério da Saúde durante a pandemia. Eu tinha o João
Gabbardo como secretário-executivo e meu imediato, e poderia ter optado
por qualquer outro chefe de secretaria para ser o seguinte na cadeia de
comando. Mas eu quis o Wanderson, e não poderia ter feito melhor escolha.

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