Salvador, Antonio Carlos Magalhães Neto, o ACM Neto, meu colega de
partido no Democratas. Na Bahia, por exemplo, havia começado um trabalho
para conciliar campos políticos opostos.
Eu ficava ali, entre o rochedo e o mar, porque precisava respeitar a
autonomia dos estados, mas tinha que arbitrar quando via que o assunto
estava sendo mal conduzido e poderia afetar o panorama de saúde local. O
secretário de Saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas, vinha conduzindo as
estratégias sanitárias sem dialogar com o Ministério da Saúde e a prefeitura, e
isso há muito tempo.
Quando aconteceu o primeiro caso de um infectado pelo novo coronavírus
na Bahia, eu quis ir até o estado. Eu tinha adotado como padrão ir aos estados
quando detectavam o primeiro caso. Minha ideia era conversar com o
secretário estadual, fazer uma reunião, analisar o plano deles, mostrar que
estávamos juntos. Seria uma maneira de ver o Nordeste e eu aproveitaria para
ver a região Norte também. Só que o secretário não estava na Bahia.
O primeiro caso baiano foi em Feira de Santana. Uma funcionária do INSS
voltou de uma viagem ao exterior e teve sintomas característicos. A mulher
foi até Salvador dirigindo para fazer o teste. Chegando lá, relatou que havia
chegado de uma viagem, a equipe de saúde coletou material para o exame,
mas não foi feita a notificação como caso suspeito e a prefeitura de Feira de
Santana não foi comunicada.
A Secretaria de Saúde da Bahia negligenciou totalmente o caso. A mulher
voltou para Feira de Santana, passou no ambiente de trabalho dela, esteve
dentro de casa com familiares, voltou de carro até Salvador para pegar o
resultado do exame e só então o caso foi confirmado e divulgado
publicamente. O secretário de Saúde, Fábio Vilas-Boas, fez a publicação pelo
Twitter, no dia 6 de março:
antfer
(Antfer)
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