National Geographic - Portugal - Edição 235 (2020-10)

(Antfer) #1
OobjectivodoPyrheliophoroera
oaproveitamentoindustrialeagrícola
docalordoSol,umavisãorevolucionária
dasenergiasrenováveisnoinício
doséculoXX.Nosmodelosanteriores,
osmovimentosdoconcentradoreram
manuais.EmSaintLouis,oPyrheliophoro
orientava-seautomaticamenteemfunção
doastro-reieeraguiadoporumrelógio
quecalculavaaposiçãodoSol.
Umdesviocausariaumdesastre.

Carismático, mas também ingénuo,
o padre Himalaya captou a atenção
de todos, mas aceitou, depois
da Exposição, um convite para visitar
os Estados Unidos. Quando regressou,
o seu engenho tinha sido vandalizado.

SãoFrancisco NovaIorque
ST.LOUIS


EUA

EM 1904, NA EXPOSIÇÃO UNIVERSAL DE SAINT-LOUIS, um inventor
português arrecadou o grande-prémio, duas medalhas
de ouro e uma de prata e espantou cientistas, curiosos
e até o presidente norte-americano Theodore Roosevelt.
Chamava-se Manuel António Gomes, mas em Cendufe
(Arcos de Valdevez) a população já se habituara a
chamar-lhe Padre Himalaya, alcunha motivada pela sua
enorme altura e utilizada até nas publicações científicas.
Esquecida durante décadas, a história deste inventor
português foi redescoberta por Jacinto Rodrigues,
da Universidade do Porto, que recuperou desenhos,
patentes e cartas. O município de Arcos de Valdevez
homenageará o famoso Pyrheliophoro (à letra,
“o que traz fogo do Sol”) e o seu criador no âmbito
das Oficinas de Criatividade Himalaya, um espaço
interpretativo em funcionamento no próximo
ano, que inclui áreas de ciência e uma cúpula
de projecção de 360º de alta definição.

O FORNO SOLAR


DO PADRE HIMALAYA


A distância entre
o espelho e o foco
era de 10 metros.

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OSMISTÉRIOSEMARAVILHASQUE NOS RODEIAM
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