National Geographic - Portugal - Edição 235 (2020-10)

(Antfer) #1
REIMAGINANDOOSDINOSSAUROS 29

Camarasaurus
A envergadura e o
metabolismo destes animais
mantinham as temperaturas
internas do corpo. Libertavam
o excesso de calor através de
zonas de transferência térmica
nas vias nasais e na boca.


Majungasaurus
Mexendo a mandíbula, este
terópode de médio porte
empurrava o ar para os seios
nasais, que funcionavam como
unidades de ar condicionado,
arrefecendo o sangue que se
dirigia ao cérebro.

INOVAÇÃO NOS TERÓPODES
Arrefecimento forçado pela mandíbula

GRANDE PORTE
Regulação do calor na cavidade nasal e na boca


ABORDAGEM INOVADORA
Os terópodes não-avianos tinham
uma maneira especial de se manterem
frescos. Ao abrirem a boca, os músculos
mandibulares recorriam a um par especial
de seios nasais semelhantes a balões,
expandindo-os como foles para conter o
ar. Os vasos sanguíneos que rodeavam
estes seios aqueciam o ar e o calor era
forçado a sair pelo nariz e pela boca
quando a mandíbula se fechava.

JASON TREAT; MESA SCHUMACHER
VERSÕES 3D: SINELAB. FONTES: RUGER PORTER
E LAWRENCE WITMER, UNIVERSIDADE DE OHIO


COMO MUDOU
A NOSSA PERSPECTIVA
Antigamente, pensava-se que os dinos-
sauros eram animais de sangue frio, tal
como os répteis modernos. No entanto, os
novos indícios de ritmos de crescimento
rápido mostram que alguns talvez pos-
suíssem metabolismos mais rápidos do
que se suspeitava, assemelhando-se pos-
sivelmente aos mamíferos e aves de san-
gue quente. Alguns dinossauros corriam
mesmo risco de sobreaquecimento.
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