National Geographic - Portugal - Edição 235 (2020-10)

(Antfer) #1

FORUM | OUTUBRO 2020 BUSSACO, 1810
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Aprender com o passado


O mapa-suplemento dedicado à Terceira Invasão Francesa na Região Centro
[Agosto] é um instrumento pedagógico importante para as escolas. À medida
que os anos passam e desaparecem os testemunhos directos de um evento tão
traumático como aquele, cabe aos historiadores e aos comunicadores relembrar
o horror que se viveu em Portugal na primeira década do século XIX e a forma
como aquele evento moldou até a cultura. A história sobre a possível influên-
cia das Invasões Francesas na gastronomia local é particularmente saborosa.
— ARLETE GONÇAVES, COIMBRA


Imagens de ontem
e de hoje


Foi preciso ler a vossa revista [Agosto]
para perceber que o território que
conheço bem tem afinal muito em
contacto com o que era há mais de
duzentos anos. Achei particularmente
fascinante a comparação entre a gra-
vura da travessia do rio Mondego e o
local onde os pescadores, ainda hoje,
capturam peixe. Parece que nada
mudou na paisagem. Julgo que há
ainda um forte papel das autarquias
e autoridades locais para contextua-
lização da paisagem. Por comparação
com o que se faz na Grã-Bretanha, com
o British Heritage, Portugal tem muito
a ganhar se estimular roteiros de visita
de locais históricos, de sítios de batalha
e outros marcos monumentais. Mas,
como sempre, estamos atrasados e sem
grande vontade de acelerar o passo.
—JÚLIO RAMOS, LONDRES


Ilustração minuciosa


Que delícia o Lado B do vosso mapa
[Agosto]! Debrucei-me sobre cada situa-
ção representada, cada ponto de com-
bate e cada acção de saque. Parabéns
pelo notável trabalho de documentação
e representação dos acontecimentos
de 1810 na minha região. Em ano
de pandemia, decidi visitar a região
do Bussaco depois de ler a cober-
tura jornalística que a National
Geographic lhe dedicou. Bem hajam!
—ANABELA FORTES, BRAGANÇA


Avestruzes
como modelo
Já tinha saudades dos artigos de história
natural! A reportagem sobre as avestru-
zes [Setembro] tinha um tom oscilante
entre a sátira e a descrição de compor-
tamentos ecológicos. Confesso que
modifiquei a minha percepção destas
aves. Tal como o autor da reportagem,
tomava-as como ícones de menor inteli-
gência, mas descobri uma ave de cuida-
dos extremosos e carinhosos para com
a sua prole. —JOANA RIBEIRO, LISBOA

Robótica: boa ou má
Percebo a vossa intenção de debater
as vantagens e vícios da introdução da
robótica [Setembro] no nosso quotidiano,
mas é um mundo perigoso. Temo o dia
(que porventura está próximo ou até já
presente) em que os robots serão siste-
maticante preferidos para executar os
trabalhos humanos. Que mundo desu-
mano será esse em que o trabalhador não
conseguirá encontrar no trabalho uma
das suas fontes de satisfação e salário?
—MIGUEL GOUVEIA, PORTO

Robótica
A robótica não é um tema do futuro. Já
está entre nós. Gostei muito da repor-
tagem precisamente pela diversidade
de mundos que a robótica vai abrindo
e que, como é óbvio, pouco têm que ver
com as perspectivas sombrias da ficção
científica. —RUTE SIMAS, LISBOA

Correcções
Por lapso, a lombada
da edição de Agosto
repetiu a de Julho.
Na reportagem “No Rasto
das Invasões”, não está
representado na fotografia
o major Graça, mas sim o
sargento-chefe Lopes.
Na mesma reportagem,
a travessia do Mondego,
perceptível na gravura,
não se refere às tropas
francesas nem ao seu
momento de retirada.
Só as tropas anglo-lusas
atravessaram o vale do
Mondego naquele vau.
No mapa-suplemento,
refere-se por erro que o
desembarque das tropas
na Figueira da Foz ocorreu
em 1908 quando deveria
estar 1808. Assinala-se por
fim como “Capela Riscas” a
“Capela de Nossa Senhiora
da Conceição” e “Igreja
Largo do Pelourinho” como
“Igreja Matriz e Jardim do
Visconde”, em Mira.
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