VOO LIVRE REVISTA LITERÁRIA - ANO 1 - Nº 3

(MARINA MARINO) #1

Aldirene: Como começou seu amor
pelasletras?


Aldirene: Quais dicas daria aos pais
para que as crianças se interessem
por literatura?

Cristiana: O encantamento contagia.
Pais apaixonados porlivros atiçam a
fome de leitura nos filhos. Mas,
algumas vezes, eles próprios não
foram“iniciados”.Nessesentido,seria
importante que os pais gerassem
oportunidade de contato com o
universo maravilhosodos livros para
todas as idades, através de eventos,
atividades em livrarias, bibliotecas,
festas literárias, encontros com
autores.Assim, igualmente poderiam
nutrirsuaprópriacriançainteriorque
não teve acesso a esses repertórios
essenciaisnainfância

Cristiana:Oamoraoslivrosinicioupor
umasensaçãodenãopertencimentona
adolescência. Era muito alta, magra,
tímida e não me identificava com os
comportamentos e discursos das
pessoasquemecercavam.Encontrei,na
literatura,acolhimentoenarrativasque
fertilizaram diálogos internos. Desde
cedopercebiqueduasfomespulsavam:
aprender e ensinar. E descobri que
poderiafazerissode formaautodidata,
atravésdoslivros.


Aldirene: Conte um pouco sobre seu
trabalho com a Biblioterapia.

O trabalho inicia na escuta da
narrativadopaciente:oquediz,como
diz, onde faz pausas, em que
momentosa emoção o faz engolir as
palavras. Esses elementos são iscas
parao diálogocomos livros, quesão
apresentados desde a primeira
consulta.Sãoofertadosversos,poemas
inteiros, trechos da literatura
brasileira e estrangeira ou imagens,
dependendo das questões reveladas.
Fragmentos literários são oferecidos
como degustação. Se o paciente
desejar, é possível levar o exemplar
para aprofundar na leitura e trazê-lo
na semana seguinte, quando terá
oportunidade de partilhar as
ressonâncias,ossentidos,asreflexões
geradas.
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